O lixo pode ser mais poluente do que se pode imaginar
Estamos acostumados a ver o saco plástico que vêm do mercado sendo usado como lixeira na cozinha, no banheiro ou no quintal.
Em algumas casas, a opção é aquele saco próprio para lixo comprado em qualquer canto. Na verdade, o problema com os dois é o mesmo.
As sacolas geram discussões já há alguns anos, desde que pesquisas mostraram que o plástico é responsável por grande parte da poluição dos rios e mares.
Com certeza você já se sentiu mal ao ver a imagem de um peixe enrolado em alguma embalagem ou sacola.
Plásticos gerados pelo ser humano já foram encontrados até nos trechos mais profundos dos oceanos e no organismo de vários animais.
Uma pesquisa feita com mamíferos marinhos mortos na Grã-Bretanha mostrou que todos eles tinham ingerido microplásticos.
Ano passado, a notícia de uma baleia que morreu nas Filipinas chocou o mundo.
O animal tinha inacreditáveis 40 quilos de plástico em seu estômago.
Com informações como essas, a lei que proíbe a distribuição gratuita de sacolas nos estabelecimentos vem se espalhando.
Desde 2011, ela foi adotada por grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, lugares onde você precisa desembolsar alguns centavos se quiser levar um saco plástico para casa.
Pensando em tudo isso, separamos alguns substitutos para a sua lixeira.
Dica 1
Comece repensando a quantidade de lixeiras que têm na sua casa.
Quanto menos cestos, menos sacolas de lixo serão necessárias.
Você também pode jogar os dejetos diretamente nos recipientes, sem sacos plásticos, e depois jogar tudo de uma vez em uma lixeira maior.
Pode soar anti-higiênico, mas nada que uma higienização dos cestos ou uma separação dos resíduos secos e molhados possam viabilizar esta prática.
Dica 2
Caixa de papelão é outra opção para substituir o saco plástico na lixeira.
Ao lado do alumínio, o papelão é um dos resíduos mais facilmente reciclados no mundo, dando origem a vários outros produtos, como embalagens, cadernos e outras caixas.
Você pode pegá-las de graça em diversos supermercados e atacadistas.
Além de resistentes, as caixas de papelão são grandes e você pode juntar bastante lixo nelas.
Dica 3
Uma dica valiosa (e barata) é fazer um saco de jornal.
Com duas ou três folhas do jornal que ia para o lixo, você usa técnicas de origami e têm uma sacola pronta para receber dejetos secos.
Achou complicado?
Não é não, basta seguir as instruções.
Na segunda vez que fizer o saco, você já vai achar bem fácil.
Segundo a Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), 50% do lixo produzido em uma casa brasileira é orgânico.
Jogar o resto de comida em uma saco plástico é prático, mas existem soluções mais sustentáveis para sua lixeira.
Dica 4
Produzida na maioria das vezes à partir de vegetais, como mandioca e milho, a sacola compostável é uma ótima alternativa quando o assunto é lixo orgânico.
Você vai precisar investir um pouco, mas vale a pena.
Biodegradável, esse saco vai ‘sumir’ na natureza, não correndo o risco de parar na barriga de uma jubarte.
Se você seguir a dica de reduzir o número de lixeiras na sua casa, pode ficar com apenas uma grande para os resíduos orgânicos.
Aí, o gasto com as sacolas compostáveis será bem pequeno.
Os recicláveis podem agregar valores como mencionado no artigo Lucro no lixo: 5 modelos de negócios que faturam com o lixo acesse-o na categoria e negócios aqui o site.
Tudo isso pode parecer exagero, mas os números mostram que não é, pois de acordo com a ONU, o plástico demora 450 anos para se decompor naturalmente.
Se você somar a isso o fato de que a sacola plástica têm uma vida útil de no máximo três anos, a conta não bate.
Será que não vale a pena rever nossos hábitos de descarte e substituir o saco plástico na lixeira?
E aí, você conhece alguma forma alternativa de diminuir o consumo de sacolas?
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