Grande Muralha Verde pretende acabar com a seca na África

Grande muralha verde na África

A faixa de árvores plantadas em uma extensão de 8 mil km visa impedir que o deserto do Saara avance cada vez mais pelo continente africano.

Africanos trabalham em um projeto chamado “A Grande Muralha Verde”, com uma ambição de fazer crescer uma maravilha natural de 8.000 km em toda a África, unindo pelo menos 20 países.

Aproximadamente 15% do projeto já foi feito. A iniciativa está trazendo vida de volta às paisagens degradadas da África, fornecendo segurança alimentar, empregos e uma razão para ficar para milhões de comunidades que vivem em seu caminho.

O muro promete ser uma solução convincente para as muitas ameaças urgentes, não apenas que o continente africano enfrenta, mas também a comunidade global como um todo – principalmente as mudanças climáticas, seca, fome, conflitos e migração.

Depois de concluída, a esperança é de que a Grande Muralha Verde seja a maior estrutura viva do planeta, três vezes o tamanho da Grande Barreira de Corais.

A muralha está se enraizando na região do Sahel, na África, no extremo sul do deserto do Saara, um dos lugares mais pobres do planeta.

Secas persistentes, falta de comida, conflitos por causa da diminuição dos recursos naturais e migração em massa para a Europa são apenas algumas das muitas consequências.

O catalisador da Grande Muralha Verde é o impacto diário da desertificação e das mudanças climáticas que está minando o futuro de milhões de comunidades na região do Sahel na África.

Desde a década de 1970, o Sahel tem sido fortemente afetado por períodos recorrentes de seca. Essas secas ameaçaram os meios de subsistência e o futuro de populações inteiras em toda a região.

Um estado aponta que pelo menos 46% da terra africana está degradada, comprometendo os meios de subsistência de quase dois terços da população do continente.

Mais do que em qualquer outro lugar da Terra, o Sahel está na linha de frente das mudanças climáticas e milhões de habitantes locais já estão enfrentando seu impacto devastador.

[Mulheres locais se preparam para plantar árvores em Gana. Foto: Rowan Griffiths]

No entanto, comunidades do Senegal, no Ocidente, e Djibuti, no Oriente, estão reagindo.

Desde o início do movimento, em 2007, a vida começou a voltar para a terra, trazendo maior segurança alimentar, empregos e estabilidade à vida das pessoas.

A Grande Muralha Verde contribui para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que visa alcançar um mundo mais equitativo e sustentável até 2030.

Além de combater a desertificação, a Grande Muralha Verde está se movendo contra a pobreza, criando mais empregos, além de reabastecer os poços de água subterrânea com água potável e fornecer às cidades rurais suprimentos adicionais de alimentos.

Até este ano, já foram recuperadas cinco milhões de hectares de terra degradadas na Nigéria. Na Etiópia, foram 15 milhões.

Além disso, foram plantadas 12 milhões de árvores resistentes à seca no Senegal.

Até 2030, o Muro pretende restaurar 100 milhões de hectares de terras atualmente degradadas, sequestrar 250 milhões de toneladas de carbono e criar 10 milhões de empregos nas áreas rurais.

 

Fonte: Great green wall

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