Ônibus criado por universitários brasileiros pode reduzir emissão de poluentes

ônibus Híbrido Coppe

Estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolveram um ônibus que contribui na redução da emissão de gases na atmosfera.

O veículo conta com um motor elétrico e com um gerador de eletricidade movido a hidrogênio.

Segundo os universitários do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da UFRJ, as baterias são carregadas na tomada.

Além disso, o tanque de hidrogênio que gera eletricidade para o motor também pode ser carregado.

Assim como nos carros de Fórmula 1, ele não desperdiça a frenagem e as descidas, mas as usa para recarregar as baterias.

O ônibus da Coppe têm autonomia superior a 300 quilômetros, que é o deslocamento médio diário dos ônibus urbanos a diesel.

Isso significa que ele supriria a demanda do transporte já existente nas cidades, sem precisar de paradas extras para abastecimento.

Apesar de ser um projeto de 2012 (o primeiro protótipo foi desenvolvido 2 anos antes), o veículo elétrico ganhou novo destaque em 2020.

Ele aparece em um programa que seleciona as 11 inovações tecnológicas com maior potencial para chegar ao mercado.

O programa é coordenado pela Wylinka, uma associação baseada em Belo Horizonte (MG), criada para acelerar inovação científica e tecnológica.

A Coppe gerou quatro pilotos do ônibus para validar a eficácia da tecnologia e chegou a testar um deles em 2016, nas Olimpíadas.

Agora é preciso testar uma frota dos ônibus em ambiente real de utilização, usando um novo protótipo do veículo.

Para isso, é imprescindível que os pesquisadores encontrem parcerias e investidores que abracem a causa.

Efeito estufa e transporte

Um relatório apresentado em 2018 na 24ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-24) afirma que o transporte contribui com 25% das emissões globais de gases de efeito estufa.

Setor também é o que mais cresce desde 2000 quando o assunto é irradiação de carbono.

No Rio de Janeiro, 70% das emissões de gases do efeito estufa são provenientes dos transportes, de acordo com o estudo da UFRJ.

Esses gases, incluindo o CO2 (dióxido de carbono), contribuem para o derretimento das calotas polares, alteração de correntes marítimas e demais consequências do aquecimento da temperatura do globo.

Apesar dos números alarmantes, os ônibus correspondem a 5% dos poluentes provenientes do transporte.

Os carros de passeio, maioria nas ruas pelo mundo, lideram com 45% do volume de dióxido de carbono emitido.

Logo depois aparecem os caminhões, responsáveis por 21% das emissões de CO2, e a seguir os aviões e navios, ambos com 11%.

Ainda segundo o relatório da COP-24, os países em desenvolvimento, como o Brasil, são os maiores emissores de carbono por transporte.

O documento afirma que a contribuição desses países crescerá de 46% em 2015 para até 72% em 2050.

Nesse contexto, veículos como os desenvolvidos na UFRJ fariam uma grande diferença nessas projeções.

Enquanto os ônibus da Coppes não circulam por aí, podemos entender melhor seu funcionamento neste vídeo.

Fontes: UFRJ e Agência Brasil

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