A canadense Carbon Engineering, famosa empresa de energia limpa, promete revolucionar o meio da aviação comercial.
O motivo é uma tecnologia que capta dióxido de carbono do ar e o transforma em um combustível sintético, que seria destinado ao abastecimento de aviões.
Em parceria com a startup Aerion, dos EUA, a Carbon Engineering criou um ciclo retroalimentado de emissões e usos, que pode captar CO2 vindo de qualquer fonte.
Dessa maneira, pouca ou nenhuma nova emissão de dióxido de carbono acontece, pois o composto é reutilizado continuamente.
A aviação é um dos setores de transporte mais difíceis de serem ‘limpos’, pois ainda não existe maneira de abastecer aeronaves com energia elétrica.
Para se ter uma ideia, um protótipo de avião comercial elétrico fez um voo considerado de sucesso no final do ano passado, mas a viagem durou 15 minutos.
Isso porque a bateria desenvolvida com a tecnologia atual têm uma autonomia de apenas 160 quilômetros.
Além disso, a aviação comercial produz cerca de 2,5% das emissões globais de gases do efeito estufa, o que faz dessas novas tecnologias uma esperança pungente para ambientalistas do mundo todo.
Fundada há mais de dez anos, a Carbon Engineering afirma estar projetando uma usina que vai capturar cerca de um milhão de toneladas de CO2 diretamente da atmosfera a cada ano.
A maior questão ainda é a financeira. A captura do CO2 diretamente do ar ainda é pouco desenvolvida, o que a mantém cara.
Reduzir esse custo depende da evolução das máquinas que fazem o trabalho de sugar o CO2 do ar, além do aumento da eficiência do combustível sintético.
Enquanto não conseguirem essas respostas, as empresas responsáveis pela tecnologia não saberão o valor final do combustível.
O hidrogênio é outra alternativa de combustível não poluente
A Airbus também está na corrida para descarbonizar o transporte aéreo e lançou alguns protótipos de aviões movidos a hidrogênio.
Por produzir apenas vapor de água, o motor de hidrogênio não emite poluentes e é mais uma esperança de ‘limpar’ a indústria aeronáutica.
A maior dificuldade no caso dessa tecnologia é armazenar e transportar o hidrogênio.
O elemento requer quatro vezes o espaço de armazenamento do querosene, combustível usado na maioria dos aviões (e vilão da sustentabilidade).
Os tanques do hidrogênio, que será liquefeito a -250 graus, devem ter forma cilíndrica ou esférica, e por isso não podem ser colocados nas asas, como é feito atualmente.
Estudando a possibilidade de mudar a configuração de seus aviões, a Airbus afirma que o hidrogênio deve ser usado também em outras indústrias para cumprir metas neutras para o clima.
Na área da aviação, a fabricante européia pretende implementar o programa perto de 2028, após investimento na infraestrutura.
A expectativa da Airbus é colocar em serviço uma aeronave comercial de emissão zero em 2035.
FONTES: Fecombustíveis, Aerion e Carbon Engineering