A represa Billings, o maior reservatório de água do estado de São Paulo, vai ganhar uma usina fotovoltaica flutuante.
O projeto é uma parceria entre a Secretaria Brasileira de Infraestrutura, a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE) e a agência de fomento norueguesa Innovation Norway.
Com atividades de natação e pesca, a Billings também abriga uma hidrelétrica que fornece eletricidade para aproximadamente 1,8 milhão de pessoas.
Dados colhidos desde 2019 comprovaram o grande potencial de energia solar na região e foram decisivos para a implantação da tecnologia renovável.
O projeto deve contar com a instalação de painéis com potência total entre 1 e 30 megawatts (MW) em locais já estabelecidos na represa.
Vista como um importante exemplo na utilização das energias renováveis e inovação tecnológica, a usina fotovoltaica flutuante ainda gera empregos para a população local.
E esse não é o primeiro projeto do tipo desenvolvido no Brasil.
No estado da Bahia, a usina solar flutuante de Barragem de Sobradinho está em vias de expansão, e deve ser capaz de gerar 5 MW, contra o atual 1 MW.
Vantagens
Essas estruturas flutuantes ajudam a reduzir a evaporação de reservatórios de água, situação que gera crescente preocupação.
Além disso, elas também podem aumentar o fornecimento de eletricidade durante as secas.
Projetos pelo mundo
Com grande potencial de aplicação e diversas vantagens técnicas, as instalações de usinas flutuantes cresceram nos últimos anos e devem seguir ganhando espaço.
Em 2018, os projetos ao redor do mundo somavam 1,1 gigawatts (GW), de acordo com um estudo do Banco Mundial.
Até 2030, a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês) prevê um total de 400 GW em capacidade mundial instalada de solar flutuante.