Pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) apostaram na já conhecida tecnologia de caneta 3D para desenvolver sensores em prol da saúde e do meio ambiente.
Portátil e de baixo custo, a caneta na realidade cria ferramentas capazes de identificar pesticidas, inseticidas e metais pesados na água.
Isso acontece através de sensores eletroquímicos, que determinam a concentração das substâncias dissolvidas em uma solução.
De acordo com os estudiosos, esses sensores podem ser modificados e transformados em biossensores, que identificariam também moléculas biológicas e vírus.
Dessa maneira, a descoberta poderia ter seu uso expandido para a medicina, como uma facilitadora de diagnósticos.
Como funciona
A caneta 3D, também conhecida como caneta impressora, é bastante usada para diversão, como um brinquedo.
Seu funcionamento lembra o de uma pistola de cola quente, uma vez que um filamento plástico alimenta a ferramenta.
Esse plástico é derretido e sai pela ponta da caneta, tomando a forma que o seu usuário quiser.
Depois de extraído, o plástico se solidifica de maneira permanente.
Fins sustentáveis
Os filamentos criados com a caneta 3D na UFU são na verdade sensores que detectam substâncias orgânicas, como pesticidas e inseticidas, muito usados nas plantações, e inorgânicas, como metais pesados.
Esses materiais podem estar na água de rios e lagos e até em remédios. Após serem reconhecidos, são eliminados, despoluindo a área em que se encontravam.
Os pesquisadores tem desenvolvido outros dispositivos eletroquímicos com a caneta e pretendem aplicá-los em análises do meio ambiente em geral, como água e solo.
O uso da caneta 3D para a construção de sensores é uma novidade. O aparelho é mais simples, barato e mais fácil de levar para outros lugares do que as impressoras 3D, normalmente usadas nessa tarefa.
FONTES: Universidade Federal de Uberlândia e Techtudo