Um projeto desenvolvido na Universidade do Estado do Pará (Uepa) conseguiu unir o descarte adequado das radiografias com o combate à disseminação do coronavírus.
Chamado de ‘Reutilização de Películas Radiográficas para Produção de Protetores Faciais Utilizados na Prevenção da Covid-19’, o projeto pretende produzir 15 protetores faciais (Face Shield) por semana que serão entregues a uma escola estadual da região. Já são mais de 150 produtos finalizados aguardando o retorno das aulas presenciais.
A coleta das radiografias é feita nas residências de quem procura pelos desenvolvedores do projeto, que foi amplamente divulgado nas redes sociais. Depois, o material é tratado na Universidade, dando origem aos protetores. Os resíduos que sobram ainda são encaminhados para posterior tratamento.
A questão do descarte das radiografias
Algumas pessoas costumam guardar suas radiografias por bastante tempo e acabam descartando-as de qualquer maneira, podendo causar danos ambientais. O plástico, chamado acetato, presente no raio-x, demora mais de 100 anos para se decompor na natureza. Além disso, o exame é coberto por uma fina camada de grãos de prata, altamente poluente e prejudicial para a nossa saúde.
Muitas cidades contam com pontos de descarte específicos para radiografias, inclusive em postos de saúde. Se for guardar os exames, deixe-os em envelopes ou pastas, longe da luz solar, pois o calor ajuda na formação de vapores perigosos à partir dos químicos presentes na chapa.
Alguns laboratórios contam também com equipamentos que geram radiografias digitais, que dispensam a necessidade de impressão das imagens. É mais uma vez a tecnologia trabalhando a favor da sustentabilidade.
FONTES: Conter, Agência Pará e Recicla Sampa