Já imaginou receber benefícios em troca do seu óleo de cozinha usado? Neste artigo vamos falar sobre uma iniciativa que nasceu no Mato Grosso do Sul e que vêm para incentivar o descarte correto de óleo.
Um dos itens essenciais na cozinha de quase todas as casas pelo Brasil é o óleo vegetal.
Nossa alimentação do dia a dia é muito dependente desse tipo de óleo e uma enorme quantidade é produzida no país por ano.
Estima-se que são produzidos cerca de 3 bilhões de litros de óleo vegetal comestível anualmente.
Mas, e depois que esse óleo já está usado e não dá mais para reutilizar? Onde você descarta ele?
No Brasil, cerca de 700 milhões de litros de óleo vegetal são lançados no meio ambiente, todos os anos, sem o devido cuidado.
A maior parte é proveniente das residências do país, onde as pessoas costumam jogar o óleo pelo ralo da pia.
Uma vez no meio ambiente, esse óleo causa um grande impacto, já que apenas 1 litro pode contaminar
até 25 mil litros de água.
Esse descarte incorreto é consequência da falta de informação sobre os impactos ambientais que a ação causa e da falta de uma alternativa correta de descarte que seja simples e prática.
Uma startup do Mato Grosso do Sul criou uma tecnologia inovadora para ser a solução desse problema.
A Óleoponto criou uma máquina que facilita e incentiva, por meio de bonificações, o descarte correto do óleo de cozinha usado.
A máquina da Óleoponto, que funciona de forma semelhante a um caixa eletrônico, deixa isso extremamente simples.
A ideia é que a máquina fique posicionada em locais de fácil acesso, como em supermercados e condomínios.
Para efetuar o descarte, o usuário leva seu óleo em uma garrafa PET, encaixa na máquina e ela coleta o conteúdo devolvendo a garrafa.
O óleo é coletado de forma higiênica, evitando fraudes e calculando a quantidade doada.
A partir dessa quantidade calculada, o usuário receberá pontos em um cadastro feito na própria máquina, que poderão ser trocados por benefícios em estabelecimentos parceiros.
O projeto foi desenvolvido junto a duas empresas juniores da Universidade de São Paulo
(USP), a EESC jr. e a FEA Júnior USP.
A primeira desenvolveu a máquina coletora de óleo e a segunda estruturou o modelo de negócios da startup para que o projeto fosse viável financeiramente.
Facilitando e incentivando o descarte correto com bonificações, um novo hábito poderá
ser criado na sociedade brasileira, salvando milhões de litros de água todos os anos.
Então lembre-se: óleo de cozinha no ralo da pia, NÃO!
Caso se interesse em conhecer mais este projeto, sobre a startup e seus parceiros acesse os sites: oleoponto.com.br; feajr.com e eescjr.com.br.
Autor: João Pedro Barreto