Startup de SC desenvolve tecnologia mais eficaz para gerar bioplástico a partir do milho

bioplástico à partir do milho

A startup quer desenvolver alguma inovação para a produção de bioplástico que substitua o plástico fóssil, que demora a degradar e polui o meio ambiente.

 Um novo método desenvolvido pelo Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), extrai a zeína, a proteína do milho para que ela possa ser usada para produzir bioplásticos biodegradáveis.

Agora, uma startup de Criciúma (SC), está desenvolvendo uma máquina para poder colocar a tecnologia no mercado. Depois desta fase, a zeína poderá ser produzida em escala, podendo ser usada em inúmeras aplicações.

De acordo com a GreenB Biological Solutions, a startup queria desenvolver alguma inovação para a produção de bioplástico que substituísse o plástico fóssil, que demora a degradar e polui o meio ambiente.

A empresa também pensou em alguma fonte que fosse inesgotável, como os resíduos da agroindústria.

Com base nessa ideia, a startup começou a buscar pesquisas que pudessem gerar uma inovação e chegou ao trabalho desenvolvido pelo professor da USP, Sérgio Yoshioka.

“Além de ser mais eficiente, nossa técnica é mais barata, simples e rápida que a utilizada atualmente para extrair zeína dos resíduos dos grãos de milho”, informou Yoshioka.

sergio yoshioka
[Legenda: O pesquisador Sérgio Yoshioka. Foto: Divulgação/GreenB]

Um pedido de patente verde já foi submetido ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) pela GreenB.

Por ser uma proteína, a zeína é biodegradável e compostável. Ela poderá ser usada em inúmeras aplicações, como, por exemplo, em copos ou hastes de cotonetes descartáveis.

Também poderá ser usada como filme para revestir alimentos e evitar a contaminação pelas bactérias, aumentando o tempo de prateleira dos produtos. Inúmeras soluções estão sendo pesquisadas.

Também estudam-se aplicações para extrair a zeína do farelo de milho antes que ele seja consumido por animais, já que a proteína é difícil de ser quebrada pelas enzimas de boi e de aves.

A GreenB Biological Solutions está incubada na Colearning SATC, onde está sendo montada uma fábrica-piloto para a extração da zeína dos grãos de milho ou de seus resíduos.

Posteriormente, poderá ser adaptada para que a matéria prima seja, por exemplo, resíduos da agroindústria da usina de etanol de milho ou da fábrica de amido de milho.

Para montagem da fábrica piloto, a GreenB está recebendo recursos do Programa Centelha, resultado de uma parceria entre a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc).

Na primeira edição do programa foi investido R$ 1,7 milhão em 28 projetos. Para 2021, o investimento será de R$ 3,3 milhões, para a abertura de negócios inovadores em todas as regiões de Santa Catarina.

 Fonte:

Governo de SC

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