A cidade, chamada The Line, é um projeto do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman e deve custar cerca de US $ 500 bilhões.
Uma cidade modelo sustentável do futuro está sendo planejada no noroeste da Arábia Saudita. A ideia, chamada ‘The line’, é do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman e deve custar cerca de US $ 500 bilhões.
A cidade, prevista para iniciar obras no primeiro trimestre de 2021, segundo financiamento pelo Fundo Saudita de Investimento Público (PIF), seguirá por uma infraestrutura linear, com 170 km de extensão, tendo distância entre pontos chave de, no máximo, cinco minutos a pé ou de bicicleta, e tempo de deslocamento de 20 minutos entre as extremidades da linha.
Dessa maneira, o projeto pretende racionalizar a área destinada a ruas, evidenciar os percursos a pé e desestimular, por sua vez, o uso de transportes motorizados.
A proposta é apenas uma parte do projeto chamado Neom, na província de Tabuk, no noroeste do país, considerada uma formação futurista e turística, que integra a lista de outros megaprojetos em curso que pretendem diversificar a economia da Arábia Saudita.
Segundo Bin Salman, The Line pode acomodar 1 milhão de e preservará 95% das áreas naturais.
O projeto urbano linear de 170 km deverá ter diversas comunidades hiperconectadas, com bairros pedonais integrados a parques públicos e à natureza.
A LINHA criará 380.000 empregos, promoverá a diversificação econômica e contribuirá com SAR 180 bilhões para o PIB do país até 2030.
A plataforma do NEOM apresenta as características da cidade do futuro e informa que nela, todos os serviços essenciais do dia-a-dia estarão a apenas cinco minutos a pé.
As comunidades serão construídas em torno de pessoas, não de carros. Além disso, serão de fácil acesso e terão um design pensado para o conforto e acessibilidade dos pedestres, com vistas espetaculares que inspiram tranquilidade.
Os cidadãos viverão em harmonia com a natureza, onde espaços abertos, parques, jardins, ambientes naturais e a produção sustentável de alimentos coexistam.
Todas as empresas e comunidades da THE LINE estão hiperconectadas através de um framework digital que incorpora inteligência artificial e robótica.
Mais de 90% dos dados do NEOM são analisados para criar um sistema preditivo com serviços de melhoria constante para residentes e empresas.
As comunidades serão autossuficientes. As pessoas e a natureza vão recuperar um espaço antes ocupado por veículos e estradas congestionadas através de uma infraestrutura que funciona em harmonia com o meio ambiente e que desfruta de vistas espetaculares que inspiram tranquilidade.
As comunidades NEOM serão alimentadas por vários tipos de energia renovável, permitindo que a indústria retorne ao coração das comunidades sem poluição.
Essa prioridade para os pedestres garante que as comunidades sejam construídas em torno de pessoas em vez de carros e que a acessibilidade e a conveniência sejam promovidas.
A infraestrutura e os serviços básicos, como transporte de alta velocidade, suprimentos, comunicações digitais e logística, serão integrados de forma transparente em espaços especiais para funcionar em uma camada invisível ao longo da linha.
“Graças ao transporte de alta velocidade, as viagens longas serão uma coisa do passado. Assim, a vida passará mais agradável e sem estresse”, diz trecho do texto da plataforma.
A linha foi revelada pela primeira vez em janeiro deste ano. O projeto provavelmente levará anos para ser concluído e custará incontáveis bilhões, mas se funcionar, se for bem-sucedido, a The Line pode representar uma verdadeira “Cidade do Amanhã” e uma forma inteiramente nova de vida para as pessoas em todo o mundo.
Ainda assim, existem preocupações sobre a construção linear e a quantidade de dinheiro e o avanço tecnológico necessários para criar a cidade.
Fontes
NEOM , GREEN MATTERS e CNN