O projeto foi desenvolvido na Universidade Federal do Acre(Ufac) e seu principal objetivo é levar água potável a comunidades isoladas
Mauricio da Silva Souza, engenheiro civil de 25 anos, desenvolveu como projeto de conclusão de curso, um filtro de carvão ativado usando como matéria-prima sementes de açaí. O foco do projeto foi pensado para atender comunidades isoladas que não têm tratamento de água , com menor custo .
De acordo com o engenheiro, as sementes são transformadas em carvão ativado junto com outros materiais, como cascalho de areia, conseguindo dessa forma filtrar a água e dar a ela condições para consumo humano.
Os testes já demonstraram a eficácia do filtro, que foi capaz de melhorar a qualidade da água , e a melhor parte é que o produto foi desenvolvido com material de baixo custo , e dessa forma poderá mudar a realidade da população que vive em regiões isoladas, melhorando sua qualidade de vida. O uso das sementes de açaí, veio com a ideia de desenvolver o filtro com matéria- prima encontrada facilmente no Acre.
Segundo o engenheiro, “a Funasa desenvolveu um filtro para comunidades isoladas utilizando zeólitas , uma pedra extremamente porosa, porém ela é extraída no Nordeste e o valor é caro.” Então ele começou a pesquisar uma maneira mais barata para filtrar a água e as sementes de açaí foram utilizadas para a produção do carvão.
Além de melhorar a qualidade de vida das populações mais distantes, o engenheiro vai conseguir dar um tratamento mais adequado aos resíduos orgânicos , que estariam no lixo. Ele fará a queima da semente em estufa controlada , produzindo assim o carvão , barateando o projeto . O filtro segue em desenvolvimento na universidade .
Segundo relatório divulgado pelo Instituto Trata Brasil cerca de 90% da população não tem tratamento de esgoto e menos da metade possui acesso a água tratada. Na capital acreana, ainda segundo o Instituto dos 407.319 moradores ,somente 88,1 mil têm acesso a tratamento de esgoto e pouco mais de 220 mil à água potável, ou seja 78,3% dos moradores de Rio Branco não têm acesso a saneamento básico.
Fonte: G1 e Trata Brasil
