O biofertilizante usa nanotecnologia aplicada a agricultura
Pesquisador e pós doutorado em biotecnologia molecular e celular, Brenno Amaro, de 43 anos, professor pela Universidade de Brasília, recebeu o prêmio de inovação da Sociedade Brasileira de Química(SBQ), por seu produto desenvolvido que pretende aumentar em 40% a produtividade de plantações como milho e cana-de- açúcar .
O uso da nanotecnologia aplicada a agricultura, para criação de biofertilizantes sustentáveis, de baixo custo e 100% nacionais, concedeu ao pesquisador a honraria concedida pela SBQ, e pela primeira vez para um representante da Universidade de Brasília.O evento será transmitido pela internet no dia 24 de novembro.
O produto desenvolvido

A ‘ arbolina’, como foi chamada a tecnologia, é um biofertilizante para ser utilizado nas lavouras, e segundo o pesquisador é capaz de aumentar a produtividade de plantações como milho, soja e cana-de-açúcar em até 40%.
Por ser natural, a tecnologia não agride o meio ambiente , sendo eliminada por completo da planta em até 15 dias, conta Brenno. Já os fertilizantes comuns costumam ser produzidos com materiais à base de polímeros e nanopartículas metálicas, como o ouro e a prata, que podem ser tóxicos para alguns seres vivos.
“O biofertilizante é composto por carbono orgânico, nitrogênio, oxigênio e hidrogênio. É basicamente o que a planta precisa. Ele é ‘bio’ porque é atóxico, feito de material produzido na natureza. E é sustentável, portanto, não gera resíduos sólidos e nem líquidos na produção”, conta o pesquisador.
Tecnologia aliada a Sustentabilidade

Por se tratar de uma tecnologia atóxica, que não gera resíduos e desaparece da plantação em até 15 dias, a ‘ arbolina’ é uma inovação tecnológica sustentável e ambientalmente correta.
Além disso, o biofertilizante é o único no mundo com nanotecnologia associada, e por se tratar de um produto 100% nacional tem valor competitivo frente aos fertilizantes comuns, permitindo sua ampla produção , sem depender de matéria prima de mercados internacionais.
A tecnologia desenvolvida na UnB, ganhou destaque no mercado nacional, e em parceria com pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) , resultou na patente da arbolina.
O lucro obtido com a venda do biofertilizante é revertido para a UnB e para a Embrapa. O excedente da produção é doado, alimentando cerca de 30 famílias no DF , conta Brenno.
Fontes: Universidade de Brasília G1