Sustentabilidade corporativa: 3 fatos sobre seu futuro promissor no Brasil

A sustentabilidade corporativa é a palavra-chave do momento.

Mais do que nunca, é necessário repensar as entregas de valor das empresas para a sociedade e redesenhar seus processos.

Por isso, este artigo parte do conceito de sustentabilidade empresarial para depois citar 3 fatos reveladores sobre sua importância e potencialidade no Brasil.

Ao final, é apresentada uma maneira para se capacitar e aproveitar as futuras oportunidades desse segmento. Boa leitura!

Conceitos relacionados à sustentabilidade empresarial

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU – Foto: ONU

A definição mais conhecida sobre desenvolvimento sustentável é a do Relatório Nosso Futuro Comum, produzido em 1987 pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) com o objetivo de organizar novas ações na busca por melhores resultados sustentáveis.

Segundo o Relatório, “desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades”.

Hoje, o desenvolvimento sustentável é guiado pela Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A agenda “abrange o desenvolvimento econômico, a erradicação da pobreza, da miséria e da fome, a inclusão social, a sustentabilidade ambiental e a boa governança em todos os níveis”, buscando atingir esses aspectos através dos ODS: “17 objetivos e 169 metas de ação global para alcance até 2030, em sua maioria, abrangendo as dimensões ambiental, econômica e social do desenvolvimento sustentável, de forma integrada e inter-relacionada”.

Há muito tempo o setor privado possui relevante influência sobre o debate da sustentabilidade.

Afinal, foi John Elkington, consultor britânico, o responsável por criar o famoso “triple bottom line” em 1994.

O conceito, também conhecido como “tripé da sustentabilidade”, é “uma estrutura de sustentabilidade que examina o impacto social, ambiental e econômico de uma empresa”. 

Segundo Elkington, o sucesso de metas empresariais não deveria ser medido apenas em lucros e perdas financeiras, devendo medir também o bem-estar das pessoas e saúde do planeta.

Atualmente, o grande termo relacionado à sustentabilidade corporativa é o ESG – abreviação para Environmental (ambiental), Social (social) e Governance (governança).

O termo foi lançado oficialmente em 2004 para trazer relevância às três dimensões na hora de analistas financeiros avaliarem empresas para definir seus investimentos.

Muitas organizações se movimentaram nessa direção após 2018, quando Larry Fink – CEO do maior fundo de ativos do mundo – publicou uma carta sobre a importância de as empresas contribuírem positivamente para a sociedade, afirmando que as que não o fizessem poderiam perder o sentido.

Atualmente, de forma geral, tratar de sustentabilidade corporativa remete-se à definição de 1987, aos ODS, ao tripé da sustentabilidade e ESG.

O imaginário coletivo está recheado desses significados e as práticas empresariais precisam estar alinhadas a essas propostas.

3 fatos sobre o potencial da sustentabilidade corporativa no Brasil

Segundo o Mercado Livre, a busca por produtos sustentáveis está crescendo no Brasil – Foto: Polina Tankilevitch

Tendo em mente o horizonte de definições relacionado às práticas empresariais sustentáveis, é possível analisar as perspectivas para essa área no Brasil.

Como já foi dito, seu futuro parece promissor, uma vez que várias pesquisas indicam um aumento da relevância do tema para consumidores, organizações e investidores. Vamos aos fatos:

1 – Brasileiros se preocupam cada vez mais com sustentabilidade

Durante a pandemia, os brasileiros passaram a se preocupar mais com o assunto.

Ainda em 2020, uma pesquisa do Instituto Ipsos, terceira maior empresa de pesquisa e de inteligência de mercado do mundo, identificou que 85% dos brasileiros desejavam ver a proteção do meio ambiente como prioridade do governo no plano de recuperação pós-pandêmico.

No ano seguinte, apesar da permanência da crise sanitária, um levantamento feito pela Opinion Box mostrou uma tendência contínua: de acordo com a plataforma de pesquisa de mercado, a sustentabilidade era importante para 82% dos brasileiros.

2 – A sustentabilidade é levada em consideração na hora das compras

A relevância da responsabilidade socioambiental também tem sido visto na prática, sendo cada vez mais decisiva na escolha dos produtos.

O já citado estudo da Opinion Box mostrou que 37% dos brasileiros já deixam de consumir de empresas insustentáveis.

Por outro lado, itens ecológicos têm sido mais procurados: uma pesquisa divulgada em 2021 pelo Mercado Livre mostrou que os brasileiros têm comprado mais produtos sustentáveis – o site apresentou uma alta de 112% de compradores dessas mercadorias no Brasil.

De forma mais ampla, uma pesquisa divulgada no início de 2022 pela gigante de tecnologia IBM e pela National Retail Federation (NFR) identificou que, entre mais de 19 mil consumidores ao redor do mundo, 62% estão dispostos a mudar hábitos de consumo para reduzir seus impactos ambientais.

As instituições acreditam que a sustentabilidade deve ser um dos fatores relevantes para o consumo deste ano.

3 – Empresas de todos os tamanhos buscam investir em ações sustentáveis

Como é de se esperar, as empresas têm buscado se adaptar.

Já comentamos sobre ESG, termo diretamente relacionado à sustentabilidade corporativa. O conceito é um dos que mais tem ganhado força no mercado, inclusive no brasileiro.

Um levantamento realizado pela Deloitte e pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (IBRI) indicou que 74% das empresas com ações na bolsa pretendem aumentar o investimento em ESG em 2022.

Na realidade, a carteira divulgada pelo Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 (ISE B3) em janeiro deste ano apresentou um número recorde de empresas engajadas com a temática socioambiental, e a tendência é aumentar ainda mais.

Uma pesquisa realizada no final do ano passado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto FSB indicou que, hoje, 98% das indústrias de médio e grande porte já investem em ações de sustentabilidade e 63% pretendem ampliar esse investimento nos próximos dois anos.

Entretanto, essa não é uma tendência apenas das maiores empresas: as pequenas também estão aderindo. Outra pesquisa das mesmas instituições revelou que 9 em cada 10 pequenas empresas têm alguma prática sustentável e 55% também devem investir nelas nos próximos dois anos.

Prepare-se para as novas oportunidades da sustentabilidade

O Mestrado Profissional em Ciência da Sustentabilidade é uma excelente opção para se preparar para o futuro do setor. Foto: PUC Rio/IIS

Essa conjuntura torna a transição para uma Economia Verde praticamente inevitável.

Dessa forma, são esperados diversos novos postos de trabalho no segmento socioambiental brasileiro. Seria interessante se capacitar para aproveitar essas futuras oportunidades, certo?

Uma ótima opção para essa finalidade é cursar o primeiro mestrado em Ciência da Sustentabilidade do Brasil.

Inspirado nos famosos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, o Mestrado Profissional em Ciência da Sustentabilidade busca a interação entre as ciências naturais, sociais, humanas e tecnológicas.

O curso, oferecido pela PUC do Rio de Janeiro e pelo Instituto Internacional para a Sustentabilidade (IIS), provê ferramentas para o desenvolvimento de soluções aplicadas e customizadas ao abordar grandes temas da Sustentabilidade, tais como:

  • Desafios globais e locais do Antropoceno, incluindo mudanças climáticas, crises da biodiversidade e dos oceanos;
  • Interdependência e sinergias entre meio ambiente e problemas sociais como pobreza, desigualdade e saúde;
  • Biodiversidade e serviços ambientais aliados à redução de pobreza e melhoria da saúde;
  • Indicadores de desenvolvimento e de sustentabilidade;
  • Instrumentos, ferramentas e metodologias aplicados à sustentabilidade corporativa;
  • Acordos, leis e políticas públicas socioambientais globais, regionais, nacionais e sub-nacionais;
  • Planejamento integrado do uso da terra (conservação, restauração, agricultura e pecuária sustentáveis);
  • Cidades sustentáveis e infraestrutura verde;
  • Economia da sustentabilidade: fundamentos e ferramentas;
  • Inovações tecnológicas setoriais visando transição para baixo-carbono, incluindo energias renováveis, agricultura de baixo carbono e transportes.

A maioria dos temas envolve questões transversais à sustentabilidade corporativa, além de uma matéria ser inteiramente dedicada ao assunto.

O corpo docente é formado por pesquisadores e profissionais atuantes em instituições públicas, privadas e do terceiro setor de grande relevância no cenário do desenvolvimento sustentável global.

Não perca a chance de enriquecer seu currículo, a próxima turma inicia em agosto de 2022. Saiba mais sobre a pós-graduação e inscreva-se até 18 de abril no site: www.mestradosustentabilidade.com

Fontes

www.mestradosustentabilidade.com Agência EBC

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