Resíduo da farinha de mandioca pode se tornar biocombustível

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O tucupi subproduto de resíduo da produção da farinha de mandioca está em fase de testes

Combustível de resíduo da farinha de mandioca e energia solar, a princípio parece uma receita de sustentabilidade.

O engenheiro Alípio Fernando é o responsável pelo andamento da pesquisa do novo biocombustível.

Primeiramente, o biocombustível vai passar por testes na Eco-Fazenda Escola Patú Anú, localizada em Breves, no Arquipélago do Marajó, no Pará.

O combustível de tucupi é trabalhado para ser utilizado por exemplo, em rabetas, embarcações frequentemente vistas na Amazônia.

Coproduto da mandioca

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O tucupi é um subproduto da fabricação da farinha de mandioca – Foto: Reprodução/Pexels

Popular na culinária dos amazonenses, o tucupi precisa de tratamento para não causar danos ambientais e ao ser humano.

Após ser triturada, a mandioca é prensada e forma uma massa.

Como resultado desse processo, é feita a separação da massa seca e resta um líquido residual que é altamente tóxico, chamado de manipueira.

A manipueira possui alta concentração de ácido cianídrico (HCN), que pode causar dor de cabeça, assim como tonturas e falta de ar e além disso , pode afetar o sistema nervoso central.

Na natureza, essa substância contamina o ambiente aquático e todo o ecossistema ali presente.

Desse modo, o descarte inadequado desse resíduo provocaria danos ambientais e de saúde.

O tucupi precisa passar 24 horas em processo de fermentação e ainda mais 40 minutos de cocção antes de ser consumido.

A poluição ambiental, proveniente da manipueira, restringe, por exemplo, fisicamente os locais de produção.

Frequentemente, há formação de enormes volumes deste líquido, provocando condições insalubres para a população e afetando à saúde e a economia desta atividade.

Combustível limpo e renovável

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O biocombustível de tucupi é renovável e limpo – Foto: Reprodução/Pexels

Motores elétricos de quatro tempos receberão o biocombustível e logo após instalados nas rabetas.

Além do combustível de tucupi, os motores receberão carga através das placas solares.

O município de Breves não tem acesso a energia elétrica e por isso placas solares geram a energia da comunidade.

O biocombustível de tucupi já está sendo utilizado na cozinha do projeto.

Agora, ele será modificado para que possa alimentar os motores das embarcações.

Com isso, além de evitar a poluição do meio ambiente com o resíduo tóxico, o biocombustivel vai diminuir o uso de combustíveis fósseis.

Da mesma forma, tornará a embarcação mais econômica e sustentável, já que a matéria prima do biocombustível é farta na região.

Fonte: O Liberal Folha do Progresso

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