Energia limpa será gerada em áreas aquáticas devido a restrições com terreno
A Espanha terá energia limpa gerada em placas fotovoltaicas instaladas em áreas aquáticas.
A iniciativa faz parte do decreto real que determina medidas urgentes para mitigar as consequências econômicas geradas atualmente.
Anteriormente, o Estado espanhol havia proibido a exploração de energia solar em espaços aquáticos.
Transição Energética
Estima-se que em pouco tempo as empresas de energia elétrica instalem suas placas fotovoltaicas nas águas espanholas.
A medida faz parte da transição energética que muitos países da Europa se viram obrigados a realizar.
Dessa forma, a Espanha pretende diminuir ou até mesmo zerar a dependência que tem da energia vinda de outros países.
Assim também, a geração de energia limpa tem por objetivo auxiliar a cumprir as metas da Agenda 2030 da ONU.
Geração mais eficiente
Cerca de 100 sítios hidrológicos estão aptos para a instalação das placas fotovoltaicas.
De acordo com especialistas em energia solar fotovoltaica, a instalação na água tem algumas vantagens em comparação a mesma feita em terra.
A umidade do ambiente aumenta na água, e isso diminui a temperatura da placa, o que parece a princípio aumentar a eficiência.
Do contrário do que se pensa, não existe uma correlação entre produção de calor e energia com painéis fotovoltaicos. Para cada 10ºC que aumenta, se perde 0,36% da radiação total recebida.
Além disso, as placas flutuantes pode contribuir para a conservação da biodiversidade.
A sombra gerada pelas placas, por exemplo, reduzem a evaporação de calor e isso é bastante útil em áreas áridas. Nessas áreas durante a seca principalmente, os níveis dos reservatórios caem muito.
Alternativa para problema de terreno
Apesar das inúmeras vantagens vantagens da energia solar fotovoltaica, as fazendas solares demandam muito espaço para a instalação.
Na Espanha, esse tem sido um problema, principalmente entre os proprietários de atividades econômicas próximas a essas fazendas solares, que alegam perda da riqueza da terra.
No decreto real, foi determinado que para a instalação das placas na água, alguns critérios deverão ser observados.
Dentre eles, não poderá haver na região da instalação atividades importantes como indústria e pecuária.
Da mesma forma, a área livre deverá ser igual ou superior a 80%, ou seja, na prática o espaço máximo para construção será de 20% da área total.
Esse cálculo foi baseado no Índice de Estado Trófico de cada uma das massas de água para calcular a expansão explorável.
A qualidade ambiental exigida pelo Ministério do Meio Ambiente espanhol, é de 5% para produtividade mesotrófica, e de 15 a 20% nas áreas de produtividade biológica eutrófica ou hipereutrófica.
È proibido aproveitar espaços de produtividade primária (oligotróficos), onde há um nível muito baixo de nutrientes e a incidência de luz solar é mais necessária.
Igualmente, fica proibida a instalação de placas em lagos ou lagoas de origem natural.
Fonte: El Mundo