Atualmente o país tem capacidade de dessalinizar apenas 17% do água do mar
A Argélia vai construir cinco usinas para dessanilizar a água do mar.
Com esse investimento, o país espera poder produzir de 1,5 milhão de m³ de água potável por dia.
A Argelian Energy Company (AEC), subsidiária da empresa nacional de pesquisa, produção, transporte, processamento e comercialização de hidrocarbonetos (Sonatrach) vai implementar o projeto de água potável. A cidade de Fouka sediará a primeira usina de dessalinização.
Aumento na produção
O processo de dessalinização da água retira a maior parte dos sais minerais de águas salgadas ou salobras a fim de torná-las doces ou potáveis, voltadas, portanto, para o consumo.
Esse procedimento pode ser utilizado tanto para a água do mar quanto para o tratamento de águas salobras ou de reservatórios com grandes quantidades de impurezas.
Atualmente, a Argélia tem 14 usinas de dessalinização. Juntas elas mobilizam apenas 17% de água do mar para dessalinizar.
Com a construção das novas usinas, será possível produzir 1,5 milhão de m³ por dia simultaneamente, de água dessalinizada, aumentando a produção em 42%.
A medida visa minimizar com urgência, à seca que está secando progressivamente os suprimentos de água doce disponíveis.
Estresse Hídrico
Segundo um relatório do World Resources Institute (WRI), nos dias atuais, habitantes de quase 400 regiões do planeta vivem sob condições de “extremo estresse hídrico”.
A ONU juntamente com a Organização Mundial de Saúde (OMS) mapeou as áreas de escassez, e de acordo com os dados, as pessoas que não têm acesso ao serviço básico de água potável, estão principalmente, na África.
Países com a Etiópia, Uganda e Somália, por exemplo, oferecem água potável para cerca de 40% da população, ou seja, mais da metade dos habitantes não têm o recurso disponível.
A instalação das cinco usinas na Argélia, pretendem melhorar o abastecimento de água potável e mitigar os efeitos da seca.