Universidade Federal do Ceará produz concreto sustentável

concreto sustentável

Concreto é composto por resíduos industriais de termelétrica e siderúrgica do Porto do Pecém

Alunos da Universidade Federal do Ceará, criaram um concreto sustentável que não usa cimento, e recursos naturais, como por exemplo, areia e brita.

O concreto foi criado no Laboratório de Materiais de Construção Civil (LMCC), por alunos do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil – Estruturas e Construção Civil (PEC) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia dos Materiais (PPGEM) da UFC.

Concreto Sustentável

concreto
O concreto da UFC é fabricado com resíduos – Foto: Reprodução/Pexels

O concreto produzido na UFC, é mais sustentável quando comparado com os produtos convencionais.

Ele não leva cimento e nem areia e brita em sua composição.

A fabricação do cimento compõe principalmente, as cinzas residuais da queima do carvão da termelétrica.

Igualmente, a substituição dos materiais naturais (como areia e brita) usados como agregados no concreto ocorre com a aplicação de resíduo da produção de aço da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).

Maior Resistência

concreto sustentável
A produção do cimento com resíduos de carvão e aço tem reações mais rápidas que o material tradicional – Foto: Reprodução/Pexels

De acordo com os testes, esse concreto sustentável, ganha resistência mais rapidamente que o produto tradicional.

O processo que leva até sete dias no concreto de cimento, foi observado em apenas três dias no concreto de resíduos.

De acordo com o coordenador do LMCC, Prof. Eduardo Cabral, os novos compostos possuem, como grande vantagem, a sustentabilidade.

A produção do cimento do tipo portland, encontrado nas lojas de construção, por exemplo, lança grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.

Segundo o instituto de pesquisa britânico Chatham House, o cimento é fonte de aproximadamente 8% das emissões mundiais de CO2. Se sua indústria fosse um país, seria o terceiro maior emissor desse gás, no mundo, atrás apenas de China e Estados Unidos.

Em outra comparação, suas emissões superam as do combustível de aviação (2,5%) e não estão muito atrás das geradas pelo agronegócio global (12%), por exemplo.

Além disso, a extração de areia gera impactos ambientais como desmatamento e dragagem do leito de rios, afetando a fauna e a flora, ainda mais, a produção de britas demanda a detonação de rochas, alterando a paisagem.

Fonte: Universidade Federal do Ceará BBC

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