Pesquisas com biocarvão apontam caminhos para diminuir a importação de fertilizantes
Pesquisas realizadas pela Embrapa, confirmaram que fertilizantes à base de biocarvão podem ser um caminho para diminuir a dependência dos fertilizantes importados.
Os resultados demonstraram boa disposição de nutrientes.
Pesquisas
Conforme o site da Embrapa menciona, a pesquisa demonstrou que fertilizantes organominerais à base de biocarvão têm boa disposição de nutrientes, e liberam mais lentamente nitrogênio e potássio, quando comparados com fontes solúveis convencionais.
Como resultado, seria possível prevenir perdas excessivas no sistema de fertilização e ainda aumentar o potencial de absorção pela cultura.
Os biocarvões foram produzidos principalmente com cama de frango e torta de filtro de cana-de-açúcar, enriquecidos com nitrogênio, fósforo e potássio mineral.
Esse experimento é atualmente, parte da fase 2 do programa de Pesquisa Inovativa em Pequenas Empesas (PIPE) da Fapesp.
Eficiência do biocarvão
Os testes realizados validaram diferentes proporções de biocarvão e da fonte nitrogenada convencional para maior eficiência agronômica e ambiental dos fertilizantes, simultaneamente.
Como resultado, as formulações com 10% e 17% de nitrogênio e 51% e 40% de biocarvão proporcionaram ganhos de até 21% na produtividade do milho e de 12% na eficiência de uso do nitrogênio pelas plantas.
Houve também, a mitigação das emissões líquidas de gases do efeito estufa e sequestro de carbono no solo quando se considerou o aporte de carbono via biocarvão.
Igualmente, foi testada a possibilidade de reciclagem de parte dos nutrientes a partir das biomassas, como medida para reduzir o uso de fontes minerais solúveis.
Atualmente, esses minerais são mais de 80% importados. Além disso, a pesquisa pretende obter um produto com características especiais para o aumento da eficiência de uso dos nutrientes pelas plantas.
Com resultados promissores, os pesquisadores acreditam que será possível reduzir a dependência do país na importação de fertilizantes minerais.
Fonte: Embrapa Notícias Agrícolas