Empresários gaúchos têm projeto para instalar usina de energia produzida com capim
O Rio Grande do Sul poderá ter em breve uma usina que gera energia através de um biogás produzido com capim.
Inicialmente, estima-se que o investimento será de R $1,2 bilhão, e sua instalação se dará ainda esse ano, de acordo com os empresários.
O projeto

O empreendimento iniciou recentemente os pedidos de licença ambiental, e da mesma forma, conversas com potenciais clientes.
A área para a usina de biogás, é no pólo petroquímico, em Triunfo, no Rio Grande do Sul.
São 80 hectares, sendo 35 para a fábrica e os outros 55 hectares para o armazenamento do capim-elefante.
Além disso, as análises de solo e hídrica já estão sendo realizadas. As construções começam em outubro desse ano, segundo previsões.
Inicialmente, para a obra serão gerados aproximadamente 1,1 mil empregos diretos e indiretos.
Biometano

De acordo com Eduardo Cereja Raymundo, Diretor Executivo da empresa, toda tecnologia aplicada na unidade fabril é Alemã.
Existe um pedido para construir uma usina de biogás, nos mesmos moldes da gaúcha, na região de Registro, em São Paulo.
A proposta é produzir energia limpa, sustentável e econômica. Assim, o capim-elefante juntamente com a tecnologia da Alemanha, foram as escolhas consideradas mais compatíveis com os pilares da empresa.
O cronograma para iniciar a produção do biogás é de 13 meses, ou seja, até novembro de 2023, a usina começa a produzir.
A usina terá 48 biodigestores, e nove deles irão gerar energia para o funcionamento da usina.
A ideia é que nos primeiros meses de 2024, já sejam entregues os primeiros metro cúbicos de biometano.
Produção

A estimativa de produção da indústria é de 12 milhões de metros cúbicos de biometano, com 97% de pureza, ao mês.
Ainda mais, produtores rurais serão contratados para o cultivo do capim-elefante, em torno de dois mil, para atender a demanda.
Cada produtor terá um contrato mínimo de dez anos, o que traria um aumento nos ganhos financeiros.
A empresa garante a compra de todo o cultivo, além de se responsabilizar pelos custos de cultivo e colheita.
Entretanto, para ser um parceiro da empresa, 10% da área de cultivo precisa ser de hortifrúti.
O biogás será purificado, e assim transformado em biometano, que vai entrar como substituto do GNV.
O capim-elefante é facilmente cultivado, além de ser resistente às variações climáticas e agressores externos.
A produtividade do capim, segundo os empreendedores, pode durar até 10 anos, e oferece uma colheita de até 3 cortes por ano.
Por isso, o biogás utilizando o capim como matéria-prima se torna sustentável, de acordo com a diretoria.
Fonte: GZH