A caixa térmica de fibra de coco é sustentável e oferece melhor desempenho
Um designer de produtos e uma bióloga, desenvolveram uma caixa térmica usando fibra de coco.
A inovação é acima de tudo, uma alternativa mais sustentável em relação a caixa de isopor.
Os empreendedores são David Cutler e Tamara Mekler, ambos formados em Stanford.
O problema identificado

Os empreendedores, à princípio, foram às Filipinas para desenvolver uma embalagem melhor para o comércio de peixes da Ilha Lubang.
Entretanto, ao chegarem no local, encontraram um problema e com ele uma oportunidade.
As Filipinas têm um mercado movimentado de frutos do mar. Por esse motivo, comerciantes utilizam a conhecida caixa de isopor.
É dessa forma que eles conseguem levar suas mercadorias para a venda, sem correr o risco de que estraguem por falta de refrigeração.
Poluição ambiental

De acordo com Cutler, mais de 300.000 caixas de isopor passam pelo comércio doméstico de frutos do mar das Filipinas a todo momento.
Porém, a caixa de isopor dura quatro viagens antes de ser descartada e substituída.
Assim, são descartadas, se acumulando rapidamente em aterros sanitários, e principalmente levadas ao mar.
Além da poluição pelo isopor, os empreendedores encontraram também o impacto gerado pelo descarte da casca do coco.
A queima da casca de coco, que para os locais não tem valor, libera toneladas de emissões de dióxido de carbono, poluindo o meio ambiente tanto quanto as caixas de isopor.
Reuso e inovação

Cutler e Mekler observaram que cada fibra de coco contém milhares de pequenas bolsas de ar presas, semelhantemente a estrutura que o isolamento do isopor usa para reduzir a condução.
Cada caixa térmica, usa a casca de 24 cocos para o isolamento térmico, e de acordo com os desenvolvedores o gelo se mantém congelado por vários dias.
As cascas de coco são provenientes de pequenos agricultores na região central das Filipinas e processadas nas proximidades da região rural de Bicol.
Ainda segundo os jovens criadores, em cada etapa do processo de fabricação, foram taxativos sobre o mínimo de impacto ambiental do cooler ecológico.
Desde o uso de materiais residuais como insumos até a limitação das vendas a locais onde o envio é feito via frete marítimo, emitindo menos gases estufa.
Além da caixa térmica, criou-se também bolsas térmicas sustentáveis dobráveis, para o transporte de de atum, para os cem mil pescadores de atum em pequena escala no sudeste da Ásia, que não possuem armazenamento refrigerado no mar.
Como resultado, um cooler acessível, durável e expansível para este mercado totalmente intocado.