Macajuba pode substituir a soja na produção de biodiesel

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Estudo realizado aponta viabilidade econômica da Macajuba, Palmeira nativa do território brasileiro

Um estudo encomendado pela WWF Brasil, demostra a viabilidade do uso da macajuba como substituto da soja na produção de biodiesel.

Acrocomia aculeata, nome científico, é uma palmeira nativa brasileira e uma das duas espécies que são popularmente conhecidas pelos nomes de macaúba, macaíba, boicaiuva, macaúva, coco-de-catarro, entre outros.

Viabilidade econômica

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A macajuba pode ser um substituto da soja – Foto: Reprodução/Pexels

A macaúba ainda é pouco explorada no Brasil, entretanto pode ser um forte aliado para o aumento da produção de biodiesel.

A árvore tem capacidade de contribuir para a recuperação de pastagens e áreas degradadas, sendo da mesma forma, uma alternativa para aumentar a rentabilidade em fazendas pecuárias do país.

Além disso, a palmeira produz cinco vezes mais óleo quando comparado com a soja.

A Doutora em gestão e economia florestal Silvana Ribeiro Nobre, é a responsável pela elaboração do estudo “Viabilidade da macaúba para a produção de biocombustível”.

Maior produção

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A produção de biodiesel com macajuba requer menos hectares de acordo com o estudo – Foto: Reprodução/Pexels

O estudo aponta que para atender uma demanda de 11,5 bilhões de litros de biodiesel, são necessários cerca de 1,6 milhões de hectares de soja.

Já com a macajuba, com apenas 2 milhões de hectares tem o mesmo resultado. O equivalente a 81,8% menos de terras que a soja, produzindo com mais sustentabilidade.

Ainda mais, associada ao cultivo em sistemas integrados, a maior produtividade da palmeira permitiria até mesmo suprir as importações brasileiras do combustível fóssil.

Recuperação de áreas

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A macajuba ajuda a restaurar solos da pecuária – Foto: Reprodução/Pexels

De acordo com o estudo da Mapbiomas, o percentual das áreas de pastagem com sinais de degradação no Brasil passou de 70% em 2000 para 53% em 2020.

Com avanços ainda mais significativos entre as áreas severamente degradadas, cujo percentual caiu de 29% para 14% no mesmo período 22,1 milhões de hectares.

A macajuba, teria condições de restaurar esses terrenos, e ainda garantir a produção de biodiesel.

A partir dos dados de recuperação de pastagens, a pesquisadora elencou as regiões prioritárias para o plantio da macaúba.

O plano considera a infraestrutura de acesso e a probabilidade de interesse dos produtores pelo cultivo da palmeira.

Distribuídas entre Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, elas têm em comum justamente o avanço da agricultura sobre as áreas de pecuária e, em alguns casos, o aumento de cobertura vegetal com florestas.

Alimento para o gado

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O resíduo da macajuba pode servir de alimento ao gado – Foto: Reprodução/Pexels

Além de contribuir com a recuperação da pastagem, a torta de macaúba resíduo da extração do óleo também pode servir de alimento para o gado.

Dessa forma, reduzindo a dependência do milho e do farelo de soja que, a cada ano, pesam mais na planilha de custos de pecuaristas do mundo todo.

Como resultado, o uso da palmeira contribui simultaneamente, para a segurança energética e alimentar, e poderia reduzir a pressão sobre a cadeia da soja e do milho.

Fonte: Globo Rural

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