Pesquisadores de Leipzig descobriram uma enzima que quebra rapidamente o plástico das sacolas
Pesquisadores na Alemanha encontraram na natureza uma enzima que torna o plástico biodegradável.
As amostras recolhidas seguiram para testes, mas sem muita expectativa por parte da equipe.
Pesquisa de campo
A procura de proteínas com capacidade de comer o plástico PET, a equipe do Doutor Christian Sonnendecker , encontrou uma pilha de compostagem.
Após a coleta, em uma das amostras, eles encontraram o poliéster hidrolase, chamado de PHL7.
Essa enzima desintegrou um pedaço de plástico em menos de 24 horas.
Os testes
Para testar a taxa na qual as enzimas quebram o PET, Sonnendecker e sua equipe adicionaram uma mistura de água, um tampão de fosfato, que é frequentemente usado para detectar bactérias, por exemplo, e a nova enzima em sete tubos de ensaio individuais.
Em seguida, um pedaço de plástico foi colocado na mistura, para analisar a velocidade da quebra das moléculas.
Como resultado, a enzima PHL7 conseguiu destruir o plástico mais rapidamente que a utilizada atualmente em testes, a LCC.
Resultados promissores
Embora o plástico PET seja reciclável, ele ainda não é biodegradável.
Ou seja, ele pode ser transformado em novos produtos, entretanto a cada ciclo a qualidade diminui.
Dessa forma, o plástico se recicla, por exemplo, em tapetes e sacolas. E as sacolas acabam em aterros sanitários.
Como de certa forma, somos dependentes do plástico, é necessário encontrar uma solução para o acúmulo dos resíduos no meio ambiente.
Uma solução é tornar o plástico biodegradável. O LCC é bom, mas ainda tem suas limitações, como por exemplo, não diferencia uma substância natural de uma química.
Degradação de garrafas em estudo
A enzima PHL7 demonstrou ser capaz de degradar sacolas plásticas.
Entretanto, ainda não é possível fazer o mesmo com garrafas PETS, devido a sua composição química.
A equipe de Sonnendecker desenvolveu um pré-tratamento que é aplicado em garrafas PET, facilitando a degradação do plástico pela enzima.
Segundo o pesquisador, a tecnologia que usa o PHL7 para quebrar o PET em larga escala pode estar pronta em cerca de quatro anos.
Fonte: DW