Iniciativas japonesas aliadas a tecnologia e conscientização ambiental combatem o desperdício de alimentos
O Japão tem aliado a tecnologia e a conscientização para combater o desperdício de alimentos no país.
Iniciativas que podem ser alternativas sustentáveis, servindo até mesmo como exemplo para as demais nações.
Cimento de cascas
Uma das iniciativas tecnológicas, para evitar e combater o desperdício de alimentos, é o cimento produzido com cascas de alimentos.
A ideia está sendo testada no Instituto de Ciência Industrial da Universidade de Tóquio, a princípio em pequena escala.
As cascas de frutas e legumes passam por um processo de secagem e logo após, transformadas em pó.
O cimento das cascas apresenta a mesma resistência à compressão comparável ao cimento Portland, por exemplo.
Além de reciclar, o novo processo tem o potencial de reduzir a pegada de carbono da produção de cimento.
A produção em escala industrial, que é o próximo objetivo da equipe, pode ser um divisor de águas.
A funcionalidade do cimento também está sendo testada como alimento.
Assim, o objetivo é transformar em uma fonte de alimentação, para ser consumida, por exemplo, em abrigos de tsunamis, enquanto as pessoas esperam por auxílio.
Revenda de produtos
Outra iniciativa que vem dando bons resultados, é a venda de produtos que grandes redes não querem por ter algum tipo de imperfeição, como por exemplo, cebola muito pequenas, tomates muito maduros ou alimentos que estão próximos de vencer.
Em geral, esse tipo de produto seria descartado no país, entretanto pequenos comerciantes têm comprado esses alimentos e revendendo a preços acessíveis e em menor quantidade.
Assim, a população pode comer bem e sem desperdícios, pois as embalagens servem para apenas uma refeição.
De acordo com dados do governo, os resíduos alimentares representam 46% do lixo gerado no Japão.
Banco de alimentos
Outra medida dos japoneses é a criação de banco de alimentos.
Alguns comércios, criam espaços independentes e quem não tem condições de pagar pela comida pode entrar na despensa e pegar o que precisa.
Em contrapartida, aqueles que podem doam alimentos para o banco.
É uma corrente de boas ações. Dessa forma, além de contribuir com as pessoas que estão passando dificuldades, evita o desperdício e atende aos ODS 2 e 12 simultaneamente.
De acordo com a ONU, 931 milhões de toneladas de alimentos, ou 17% do total de alimentos disponíveis aos consumidores em 2019, foram para o lixo das residências, varejo, restaurantes e outros serviços alimentares, de acordo com uma nova pesquisa da ONU que visa apoiar os esforços globais para reduzir pela metade o desperdício de alimentos até 2030.
Até 2030, o Japão pretende diminuir ou até mesmo zerar o desperdício de alimentos.
Fonte: JR Springwise