O executivo sancionou a Lei nº 17.837/2022 que prioriza o plantio de árvores que atraem abelhas
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, sancionou uma lei que prioriza o plantio de árvores que atraem abelhas.
De acordo com a Lei nº 17.837/2022, o objetivo é tornar a capital arborizada e florida.
Além disso, garantir a produtividade agrícola, além do sustento de aves e mamíferos.
Plano Diretor
Em virtude da nova lei, a Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014, que aprova a Política de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor Estratégico do Município, foi alterada.
De acordo com técnicos da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, entre as plantas ornamentais que deverão ser plantadas prioritariamente em atendimento à nova legislação estão, por exemplo, o lírio amarelo, lavanda, manjericão, papoula, jabuticaba e onze horas.
Bem como quaresmeira, tomilho, orelha de onça sálvia, borragem, açafrão, ranúnculo, aster, malva, calêndula, girassol mexicano, guaco, coentro, erva-de-gato, funcho e mirra.
Além disso, as espécies como aroeira branca, ipê-amarelo, cedro, paineira, pitangueira e embaúba branca são algumas das arbustivas que garantem a presença das abelhas nos jardins, praças e canteiros.
Polinização
De acordo com o autor da lei, o vereador Aurélio Nomura, as abelhas são essenciais para o meio ambiente.
Nesse sentido, as abelhas são fundamentais para a sobrevivência de muitas espécies de plantas, para o aumento da produtividade agrícola e o sustento de aves e mamíferos.
Ainda mais, cerca de 80% das plantas se reproduzem por meio da polinização.
As abelhas dão sua contribuição para a economia produzindo, além do mel, produtos como cera, própolis e pólen apícola.
São responsáveis pela produção de aproximadamente dois terços dos alimentos que ingerimos.
Biodiversidade do planeta
As abelhas são primordialmente importantes para os ecossistemas e a biodiversidade.
Elas são essenciais para a manutenção da biodiversidade e para a produção de alimentos na natureza.
André Sezerino, engenheiro agrônomo e especialista em apicultura, relata que 70% dos alimentos que consumimos dependem da ação polinizadora das abelhas.
A maçã, por exemplo, depende 90% das abelhas, enfatiza Sezerino.
O engenheiro afirma que, se colocadas nas lavouras de soja, as abelhas podem representar um aumento de 20% a 80% na produção.
De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da ESALC-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), esses insetos viajam e têm contato com as plantas, o solo, a água e o ar durante suas viagens.
Por causa disso, partículas poluidoras podem ficar armazenadas no seu organismo, e a análise delas pode mostrar se o local por onde as abelhas passaram tem altos índices de poluição atmosférica.
A preservação desses insetos é de vital importância para a manutenção da vida na Terra, principalmente para a produção de alimentos.
Fonte: ABC do ABC Imprensa de São Paulo R7