A pesquisa usa o lodo para retirar bactérias e antibióticos da água prejudiciais ao ser humano
Pesquisadores da UNESP, desenvolveram uma tecnologia que usa o lodo, resíduo do tratamento de esgoto, para retirar da água resquícios de antibióticos bem como de bactérias prejudiciais à saúde humana.
O trabalho recebeu um prêmio no congresso internacional realizado em Turim, na Itália, no último mês de julho.
Lodo rico em ferro
De acordo com a pesquisadora do Instituto de Química da UNESP, Jany Helen Ferreira de Jesus, o lodo que é produzido nas estações de tratamento de esgoto geralmente é descartado.
Entretanto, ele é rico em ferro e, após alguns processos químicos e físicos, é transformado pelos pesquisadores em um pó magnético que é aplicado na água das estações de tratamento de esgoto.
Como resultado, esse pó retira os antibióticos e bactérias que podem ser prejudiciais aos seres humanos.
Tratamento mais eficaz
A utilização desse pó adiciona mais uma etapa ao tratamento do esgoto antes de devolver a água aos rios e reservatórios.
Assim, o tratamento do esgoto se torna ainda mais eficaz.
A remoção dos resquícios de antibióticos do esgoto tratado é de extrema importância de acordo com Jany.
A pesquisa utilizou amostras de lodo e os efluentes de uma estação de tratamento de esgoto em Araraquara, no interior paulista.
Os efluentes são os resíduos produzidos tanto pelas indústrias quanto pelo ser humano.
Quando descartados no meio ambiente, estão sobre forma líquida ou gasosa.
A próxima etapa da pesquisa será ampliar a escala de teste com quantidades maiores de efluentes e medicamentos.
A intenção é implementar futuramente essa tecnologia na estação de tratamento de esgoto da cidade de Araraquara, em São Paulo.
Fonte: EBC