Confira como implementar a estratégia ESG no setor de limpeza profissional da sua empresa
O setor de Asseio e Conservação é o segundo setor que mais emprega no Brasil. Somente a indústria da limpeza gera cerca de 800 milhões de empregos e impacta a agenda ESG movimentando a economia por meio de processos, tecnologias e, principalmente pessoas.
Na agenda global e no planejamento estratégico das organizações para o cumprimento das metas ESG – acrônimo em inglês para as boas práticas corporativas em três pilares ambiental, social e governança (ASG) – os profissionais de limpeza – indispensáveis na cadeia produtiva – muitas vezes não são valorizados.
Gestão Sustentável
Cientes de que as empresas do setor de limpeza devem estar preparadas para as novas demandas que competem os aspectos da ESG, a Fundação de Asseio e Conservação do Paraná – FACOP, criou o programa ASG no A.S.G – Gestão para Sustentabilidade Corporativa.
Nesse sentido, traz para o setor o olhar estratégico voltado para sustentabilidade empresarial. A sigla A.S.G refere-se ao profissional Auxiliar de Serviços Gerais.
O programa, não restringe o setor ao aspecto social da ESG, mas abrange também os pilares ambiental e de governança.
De acordo com Cássia Almeida, superintendente executiva da Fundação, as pessoas são determinantes nos 3 pilares e não apenas no Social.
Segunda Cássia, a base operacional, muitas vezes tão desconsiderada, tem uma importância que necessita urgentemente ser reconhecida.
Muitas vezes é a atuação destes profissionais que define diretamente quem é a empresa. É uma cadeia de valor: da pessoa, da empresa que a emprega e, no caso de terceirização, da empresa cliente, completa.
Confira 4 estratégias para implementar a estratégia ESG no setor de limpeza profissional da sua empresa, segundo o programa ASG no A.S.G.
1 – Gestão dos Fatores ESG
A empresa deve avaliar o escopo e materialidade, dessa forma auxiliando a liderança a decidir onde devem ser feitos os esforços, investimentos e melhorias.
Além disso, diagnosticar o nível de maturidade – um diagnóstico fidedigno nos aspectos ambiental, social e de governança se fazem essenciais para entender as fragilidades e os pontos fortes da empresa.
Bem como utilizar indicadores para mensuração do que já existe e o que precisa ser realizado.
2 – Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS
É primordialmente importante realizar um diagnóstico e obter um parecer técnico integrado com avaliação preventiva e corretiva na gestão de resíduos sólidos.
O foco deve ser na economia circular, logística reversa e desenvolvimento sustentável, alinhados as normativas de gerenciamento de resíduos.
3 – Avaliação de Impacto
A avaliação de impacto tem como objetivo por exemplo, ajudar as empresas a medir e gerir seus impactos positivos em relação aos colaboradores, à comunidade, bem como consumidores e ao meio ambiente.
4 – Alinhamento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
É necessário internalizar os ODS com acompanhamento nas fases de mapeamento.
Além disso, a empresa precisa fazer a seleção de indicadores, prioridades e nível de ambição, bem como a integração dos objetivos e preparação para relato e comunicação.
Pilar Ambiental
No pilar ambiental, a executiva destaca exemplos como economia de água e energia; uso consciente de produtos; utilização de produtos biodegradáveis bem como a renovação constante de processos, entre outros.
Já o social vai além do cumprimento das convenções trabalhistas. A base do Social é o respeito que se inicia no reconhecimento do profissional enquanto ser humano. Cássia afirma que a governança envolve a cultura da empresa.
Nesse sentido, é importante que a sustentabilidade, que os pilares ESG sejam uma responsabilidade de todos, e não apenas da “gerência de sustentabilidade”.
Por: Cássia Almeida – Superintendente Executiva da Fundação de Asseio e Conservação do Paraná – FACOP
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