O BNDES quer apoiar o desenvolvimento de um mercado para comercialização de créditos de carbono
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta terça-feira (30) seu segundo Edital de Chamada para Aquisição de Créditos de Carbono no Mercado Voluntário.
Os valores podem chegar até R$100 milhões, de acordo com o edital publicado.
Como resultado da iniciativa, o Banco pretende apoiar o desenvolvimento de um mercado para comercialização desses títulos.
Além disso, chancelar padrões de qualidade para condução de projetos de descarbonização da economia.
Critérios
Nesta segunda chamada, serão elegíveis projetos com foco em reflorestamento, redução de emissões por desmatamento e degradação florestal, bem como energia (biomassa e metano) e agricultura sustentável.
Os critérios para seleção envolvem por exemplo, a avaliação do proponente, do projeto e do preço. O resultado da chamada está previsto para início de novembro.
Os créditos de carbono representam a não emissão de gases do efeito estufa na atmosfera, contribuindo assim, para a preservação do meio ambiente.
Primeira chamada
Em maio, o BNDES divulgou o resultado da primeira chamada pública para aquisição de créditos de carbono.
A operação-piloto, no valor de até R$ 10 milhões, selecionou cinco projetos de conservação e de energia em segmentos diversos e em três regiões distintas do país.
As iniciativas eleitas foram desenvolvidas pela Biofílica, Solví, Sustainable Carbon, Carbonext e Tembici.
O orçamento deste segundo Edital de Chamada para Aquisição de Créditos de Carbono no Mercado Voluntário será dez vezes maior do que a edição anterior (R$ 100 milhões).
Mercado de carbono
O limite para cada projeto, que na primeira chamada era de até R$ 2 milhões, agora pode chegar a até R$ 25 milhões.
Também houve a retirada da exigência de emissão de créditos anteriores para os projetos concorrentes, bem como a inclusão do setor agrícola como um dos escopos do Edital, além do aumento no número de instituições certificadoras.
A estimativa é que o mercado voluntário precise crescer mais de 15 vezes até 2030 para que assim consiga cumprir as metas do Acordo de Paris.
As metas pressupõe o atingimento do equilíbrio entre emissão e remoção dos gases causadores do efeito estufa até o ano de 2050.
Nesse sentido, a negociação dos créditos de carbono é uma maneira de as empresas e países alcançarem suas metas de descarbonização.
A ideia é apoiar desenvolvimento de um mercado para comercialização desses títulos, e chancelar padrões de qualidade para condução de projetos de descarbonização da economia.
Com informações do BNDES Imprensa – imprensa@bndes.gov.br
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