O Certificado de Recebimento do Agronegócio é um crédito concedido ao cultivo sustentável
Na Bahia, pequenos agricultores estão investindo no cultivo de cacau sustentável. Essa produção é possível graças ao Crédito de Recebimento do Agronegócio (CRA).
Quando o fruto começa a dar retorno, o agricultor repassa o valor do investimento com juros de 1% ao mês.
Investimento
O crédito é intermediado através de uma ONG, que faz a análise juntamente com o agricultor.
A ONG Taboa capta o dinheiro de investidores ou entidades interessadas em emprestar para iniciativas sustentáveis.
O agricultor recebe o crédito e paga com juros de 1% ao mês, a partir do momento em que o cacau começa a dar retorno. Então, a ONG repassa o dinheiro aos investidores.
Atualmente a inadimplência está abaixo de 1%, ou seja, todos os agricultores estão com o pagamento em dia.
O CRA
Os certificados de recebíveis são títulos de renda fixa de crédito privado que representam uma promessa de pagamento futuro em dinheiro.
São boas opções para investidores que fazem um investimento de longo prazo, de acordo com analistas de investimento.
O CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) ganhou espaço nos últimos anos entre as pessoas afetadas no Brasil por conta da sua isenção de impostos.
O benefício existe porque trata-se de um título de crédito privado que está vinculado a direitos creditórios de negócios, em sua grande maioria, por produtores agrícolas, cooperativas e terceiros, abrangendo financiamentos da atividade agropecuária.
Em outras palavras, quem investe nesse tipo de papel está comprando, na verdade, rendimento de créditos que são concedidos para financiamento de projetos de agronegócio.
Agricultura familiar
O programa já beneficiou 190 agricultores familiares, em nove cidades na Bahia.
De acordo com a fonte, os créditos geraram em um ano, o aumento de 40% na renda dos pequenos agricultores.
Como resultado, os trabalhadores rurais têm tido uma melhora em sua qualidade de vida.
Para acessar os recursos, os produtores se comprometem a preservar áreas de proteção ambiental permanente.
Assim, garantem o cultivo do cacau, com o menor impacto possível ao meio ambiente e ecossistema.
Da mesma forma, segundo a reportagem do Globo Rural, o cacau cultivado dessa maneira, tem maior qualidade.
Com esse cacau, o valor da venda é maior e gera mais renda ao pequeno produtor.
A Bahia é o segundo maior produtor de cacau do país, ficando atrás somente do Pará.
Fonte: Globo Rural