O Parque das Águas protege os recursos hídricos que abastecem 4,5 milhões de cearenses na Região Metropolitana de Fortaleza
No último dia 13 de setembro, a região Metropolitana de Fortaleza, no Ceará, ganhou uma Unidade de Proteção do Meio Ambiente, o Parque Estadual das Águas.
A Unidade protege principalmente os recursos hídricos que abastecem 4,5 milhões de cearenses na Região Metropolitana de Fortaleza.
São 380 espécies da fauna e flora preservadas na nova UC protegidas logo após a criação do parque.
Unidade de Preservação

A área tem 9.836,72 hectares, e situa-se no entorno do sistema hídrico composto pelos açudes Pacoti, Riachão e Gavião.
O Parque Estadual das Águas abrange os municípios de Aquiraz, Guaiúba, Horizonte, Itaitinga, Pacajus e Pacatuba.
De acordo com Artur Bruno, Secretário do Meio Ambiente (SEMA), o novo parque conecta-se a outras UCs criando um cinturão verde ao redor da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Conforme o gestor, no parque haverá pesquisas científicas, ações de educação ambiental bem como atividades como o turismo ecológico.
A nova unidade de conservação (UC) é o segundo maior parque do Estado, atrás apenas do Parque Estadual das Carnaúbas, localizado entre os municípios de Granja e Viçosa do Ceará.
Fauna e flora

O Parque das Águas protege cerca de 214 espécies. Entre elas, estão 75 novos registros de espécies e uma espécie quase ameaçada, o pau-d’arco-roxo (Handroanthus impetiginosus).
A fauna conta com cerca de 180 espécies, sendo 14 espécies nativas de peixes para o estado do Ceará bem como nove endêmicas da Caatinga. Ainda mais, 148 espécies de aves a serem protegidas pela UC.
Já os mamíferos, oito espécies são moradoras do parque, sendo duas ameaçadas de extinção: o gato-mourisco (Herpailurus yagouaroundi) e o gato-do-mato-pequeno (Leopardus emiliae).
37ª Unidade de Conservação

O Parque das Águas é a 37º unidade de conservação estadual no Ceará.
A previsão da Secretaria de Meio Ambiente é de que outras cinco UCs sejam criadas até o fim de 2022.
De acordo com a proposta de criação do parque, um dos objetivos é proteger os recursos hídricos que abastecem a RMF.
Além disso, preservar a diversidade biológica, valorizar a beleza cênica e promover ações de uso público e educação ambiental sobre a importância da Caatinga são primordialmente importantes.
Fonte: O Povo