Lodo residual é transformado em fertilizante em Canoas

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Cerca de 600 toneladas de resíduos são reaproveitados por uma empresa, que transforma em fertilizante

O lodo residual do processo de tratamento de esgoto na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Mato Grande, em Canoas, está sendo transformado em fertilizante.

O processo gera, mensalmente, em torno de 600 toneladas de resíduos.

Todo o volume está sendo reaproveitado em compostagem orgânica pela Ecocitrus, empresa que atende 100 agricultores familiares.

Fertilizante

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Foto: Ambiental Metrosul/Divulgação/Cidades

A iniciativa é parte dos esforços da empresa de tratamento em reduzir a utilização dos aterros sanitários como destino final do lodo, principalmente visando a preservação ambiental.

De acordo com o gerente de Operações da empresa, Stenio Cangussu, o efluente é rico em nutrientes.

Com o seu aproveitamento por meio da compostagem, é possível cumprir o ciclo ambiental dando assim, uma destinação limpa e sustentável ao resíduo gerado.

Segundo o cálculo, estima-se que são cerca de 170 piscinas olímpicas de esgoto tratados ao mês no município.

Assim, com o reaproveitamento, o resíduo deixa de poluir o meio ambiente.

Reciclagem

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Foto: Reprodução/Pexels

Nesse sentido, na Estação Mato Grande está sendo projetado um centro de compostagem próprio que também vai transformar o lodo em material orgânico.

Um dos destinos do composto será a doação a pequenos produtores agrícolas por meio de parcerias com ONGs voltadas à agricultura familiar na Região Metropolitana de Porto Alegre.

De acordo com Stenio, o objetivo é que, em médio prazo, a maior parte do lodo gerado nas estações de tratamento nos nove municípios atendidos pela empresa seja reaproveitado no centro de compostagem.

Processo de compostagem

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Foto: Reprodução/Pexels

A cobertura que está sendo implantada nos três leitos de secagem vai garantir que o lodo da respectiva ETE não tenha contato com condições climáticas desfavoráveis para o processo, principalmente a chuva.

Dessa forma, o processo permite que o lodo elimine a água mais rapidamente, e alcance, em menos tempo, o nível de umidade ideal para a compostagem (entre 50 e 60%).

Atualmente, o nível de umidade do lodo que sai do tanque de decantação para os leitos é de aproximadamente 85%, quase líquido.

De acordo com a coordenadora de Meio Ambiente da Metrosul, Fernanda Cenci, a compostagem exige lodo em estado semissólido.

Com a estufa se obtém o ponto ideal mais rápido, tornando o processo mais dinâmico e eficiente.  

A empresa também firmará convênios com universidades para o desenvolvimento de pesquisas com foco em novos usos do lodo além do fertilizante, como o biogás, por exemplo.

Além disso, estuda outras possibilidades que diminuam e até mesmo eliminem a utilização de aterros sanitários para destinação final do resíduo.

Fonte: Jornal do Comércio

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