Os resíduos gerados pelos usuários dessas modalidades de transporte também precisam de tratamento e destinação correta
Praticamente todas as atividades comerciais geram resíduos. Os aeroportos e rodovias não são diferentes de uma indústria, por exemplo.
De acordo com a ANAC, Agência Nacional de Aviação Civil, indica a existência de mais de três mil aeródromos (entre públicos e privados) em território brasileiro, o suficiente para gerar centenas de toneladas de resíduos ao mês.
Muitos aeroportos produzem volumes de resíduos equivalente a algumas cidades. A bordo de aeronaves, terminais de carga e em todo sítio aeroportuário acontece a geração de resíduos.
Incluindo da mesma forma, sanitários, praças de alimentação, posto de atendimento pré-hospitalar, comércios e serviços em geral.
Com cerca de 1,7 milhão de quilômetros, o sistema rodoviário é o principal sistema de transporte no Brasil.
No Estado de São Paulo, por exemplo, uma das exigências prevista nos contratos do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, regulado pela ARTESP – Agência de Transporte do Estado de São Paulo, é a coleta e destinação correta do lixo gerado nos 11,1 mil quilômetros da malha concedida.
De acordo com o levantamento da área de Meio Ambiente da Agência, são recolhidos mensalmente mais de 2,5 mil toneladas de detritos – além dessa quantidade, coletada por 18 das 20 concessionárias, duas delas fazem a medição por volume (e não peso) e contabilizam mais 280 metros cúbicos de lixo por mês.
Nos primeiros cinco meses do ano foram retiradas dos trechos concedidos mais de 12,5 mil toneladas de resíduos, somados 1,4 mil metros cúbicos de detritos.
Rodoanel
Entre janeiro e junho de 2022, a Concessionária SPMAR, integrante do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, gerenciado pela ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), destinou para a reciclagem 122,9 mil toneladas de lixo recolhido nos 100 km dos trechos Sul e Leste do Rodoanel.
Nos seis primeiros meses de 2022, a equipe da concessionária retirou mais de 35 toneladas de papel e papelão, bem como uma quantidade superior a 10 toneladas de plástico.
Ainda mais,15 toneladas de metal, 3,6 toneladas de madeira e além disso, mais de 600 quilos de sucata eletrônica.
Entre o material encontrado chama atenção a grande quantidade de objetos eletrônicos, principalmente celulares, 188 quilos de cabos e 113 lâmpadas LED.
Ainda há mais de 57 toneladas de pneus, muitos deles deixados por veículos pesados durante o seu trajeto no Rodoanel.
Riscos de acidentes
A concessionária destaca alguns riscos que os usuários correm com objetos e lixos jogados na pista.
Como por exemplo, o risco de incêndio, pois muitos motoristas também costuma lançar bitucas de cigarros e palitos de fósforo pelas janelas do carro.
Esta prática é uma das principais causas de queimadas, provocando focos de incêndios na mata.
Jogar lixo nas vias é passível de multa, de acordo com o artigo 172 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Atirar objetos é considerado uma infração média que prevê multa de R$ 130,16, incluindo a perda de quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH)
Aeroporto Internacional de Belo Horizonte
O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, conta com um Programa de Coleta Seletiva.
De acordo com a assessoria, a iniciativa atingiu o marco de duas mil toneladas de resíduos destinados ao Programa de Coleta Seletiva.
O número é resultado da parceria com a Ascamare – Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Lagoa Santa que, desde 2014, fortalece o compromisso do terminal mineiro com a responsabilidade socioambiental alinhada às práticas ESG.
O Programa de Coleta Seletiva contribui ainda para a geração de emprego e renda para a população do entorno do aeroporto.
O Programa de Coleta Seletiva contribui ainda para a geração de emprego e renda para a população do entorno do aeroporto.
Segundo a gestão, todos os profissionais envolvidos com as etapas de gerenciamento de resíduos sólidos trabalham com equipamentos de proteção individual necessários, conforme preconiza a RDC ANVISA Nº 56/2008, no Anexo II.
Atividades simples geram resíduos
Assim, além dos resíduos sólidos, nos aeroportos e rodovias também é feito o gerenciamento de resíduos perigosos, contaminantes, entre outros.
O simples despacho de uma mala para sua viagem de férias, pode gerar resíduos da borracha da esteira, por exemplo, com seu desgaste. Ou ainda o bilhete impresso da passagem aérea.
Nas rodovias, o recapeamento do asfalto gera a necessidade do gerenciamento de resíduos. Da mesma forma, a simples atividade de transitar por uma rodovia com seu carro, gera a responsabilidade dos gestores de elaborar um plano detalhado para diversos tipos de resíduos diferentes.
Você já parou para pensar nisso?
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Com informações da SPMAR – A Concessionária SPMAR atua na administração dos Trechos Sul e Leste do Rodoanel Mario Covas, sendo responsável pela gestão de 76% do Rodoanel Metropolitano de São Paulo em operação.
Com informações de Gustavo Anfra, gestor de Desenvolvimento Aeroportuário da BH Airport – A BH Airport, concessionária do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada pelo Grupo CCR, uma das maiores companhias de concessão de infraestrutura da América Latina, e por Zurich Airport, operador do Aeroporto de Zurich.
** ** Este artigo foi produzido por um autor independente e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Sustentabilidade.