Consórcio liderado pela FGV em parceria com o BNDES e o MAPA também desenvolverá mecanismos que estimulem investimentos na redução de emissões de carbono em toda a cadeia de produção
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) anunciaram que o consórcio liderado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) ficou em primeiro lugar na seleção para parceiro executor responsável pelos estudos da iniciativa “Pecuária de Baixo Carbono”.
A iniciativa tem como objetivo a elaboração de estratégias e modelos de negócios que adotem tecnologias de baixo carbono na produção de carne e leite no Brasil, estimulando a sustentabilidade através avaliação e certificação das emissões evitadas de carbono.
Redução nas emissões

O consórcio, que conta ainda com as empresas Imaflora, Agrotools, Waycarbon, WRI e DSM, foi escolhido por meio de processo de seleção pública.
Neste, um comitê de especialistas do BNDES e do MAPA avaliou as propostas recebidas com base em critérios de economicidade, qualidade do projeto e capacidade técnica do proponente.
O consórcio encabeçado pela FGV participará agora das etapas finais do processo: análise pela equipe técnica, aprovação em Diretoria do BNDES e assinatura de contrato.
Estudos

O estudo terá dois produtos principais. O desenvolvimento de uma calculadora de análise de ciclo de vida dos produtos é o primeiro deles.
Se caracteriza por um método para medição e certificação de emissões de carbono desde os insumos utilizados na produção agrícola até o processamento industrial.
O segundo objeto seria a indicação de mecanismos de incentivo que estimulem investimentos na redução de emissões, tanto na etapa agrícola quanto na industrialização da carne e leite bovinos.
Já existem técnicas de produção pecuária que permitem neutralizar e até “sequestrar” carbono, situação em que uma atividade retira mais carbono da atmosfera do que emite, como são os casos das tecnologias preconizadas pelo Plano ABC+ do MAPA.
É nesse contexto em que se cria a expectativa de que os estudos possam consolidar um sistema de incentivos que acelerem a adoção de tecnologias mais sustentáveis pelos produtores de carne e leite bovinos.
Com informações do BNDES
** ** Este artigo foi produzido por um autor independente e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Sustentabilidade.