Energia solar captada diretamente do espaço pode se tornar realidade

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Transmissão de energia solar do espaço será testada em dezembro pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia

Uma equipe do Instituto de Tecnologia da Califórnia anunciou que após 10 anos trabalhando em seu Projeto de Energia Solar Baseado no Espaço (SSPP, na sigla em inglês), finalmente acontecerão os primeiros testes.

Coletar energia solar no espaço e enviá-la para a Terra aumentaria a eficiência, porque os painéis solares podem ficar virados para o Sol quase todo o tempo, dependendo de sua posição em órbita.

Desafios

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Foto: Reprodução/ Pexels

O grande desafio deste sistema, entretanto, é trazer a eletricidade gerada para o solo.

De acordo com professor Ali Hajimiri, um dos líderes do projeto, no espaço, é possível captar cerca de oito vezes mais energia, quando comparado com a tecnologia atual.

Assim, o programa é capaz de fornecer a potência necessária independentemente das condições climáticas.

O protótipo que será testado pela equipe é pequeno, um quadrado de 10 x 10 cm pesando menos de meio quilograma, que deverá ser lançado ao espaço em dezembro, segundo os pesquisadores.

Resultados serão decisivos

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Foto: Reprodução/Pexels

A ideia da iniciativa é coletar a luz do Sol, transformá-la em eletricidade, converter a corrente contínua gerada pelos painéis fotovoltaicos em frequência de rádio.

Logo após, transmitir essa energia sem fios para o solo na forma de micro-ondas, as mesmas usadas em telecomunicações.

Se o teste for bem-sucedido, a equipe deve enviar ao espaço centenas de milhares desses ladrilhos fotovoltaicos.

Dessa forma, se combinam em um sistema de satélites criando uma superfície de coleta de luz solar de quase 10 mil metros quadrados.

Apesar de não haver riscos em termos de radiação ionizante, as micro-ondas geram um calor que deverá ser bem direcionado, para não interferir com satélites, aviação e pessoas.

Inovação para melhorar a geração de energia

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Foto: Reprodução/Pexels

Para poder captar a energia solar diretamente do espaço, os pesquisadores desenvolveram placas fotolvoltaicas ultrafinas.

Elas foram otimizadas para as condições do espaço, sendo dessa forma compatíveis com um sistema modular integrado de conversão e transmissão de energia.

Da mesma forma, desenvolveram componentes necessários para converter, transmitir e direcionar a energia de radiofrequência para o solo.

Finalmente, a equipe desenvolveu a tecnologia leve e de baixo custo necessária para converter a eletricidade de corrente contínua em energia de radiofrequência e enviá-la para o solo na forma de micro-ondas.

Os pesquisadores garantem que o processo é seguro porque se trata de radiação não-ionizante. Ainda assim, existem cuidados a serem tomados, o sistema pode ser desligado rapidamente em caso de danos ou mau funcionamento.

Fonte: Inovação Tecnológica

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