Iniciativa surgiu como proposta para tornar as luvas descartáveis mais sustentável com o bioplástico
Estudantes na Bahia desenvolveram um bioplástico usando o sisal como matéria prima.
A iniciativa surgiu quando os jovens estudantes perceberem a quantidade de luvas descartáveis acumuladas ao final das aulas práticas do curso de análises clínicas e assim, deram início a um projeto para desenvolver um material mais sustentável para confecção destes itens.
O sisal

Utilizado para a produção de cordas e tapetes, o sisal (Agave sisalana) é uma planta com propriedades anti-inflamatórias e analgésicas, de acordo com a pesquisa desenvolvida por especialistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade Federal de Goiás (UFG).
O projeto de bioplástico colocou os estudantes entre os dez finalistas da 9ª edição brasileira do Solve For Tomorrow, programa global de cidadania corporativa da Samsung.
De acordo com a Samsung, o programa tem como proposta estimular alunos e professores da rede pública de ensino a desenvolverem soluções para problemas locais por meio da abordagem sustentáveis, utilizando a ciência, tecnologia, engenharia e a matemática como fundamentos.
Alternativa sustentável

Sob orientação da professora Pachiele Cabral, os alunos Adrielle Pietra, Luan Santos, Maria Isabella, Isabel Silva e Sarah Moura, do Centro Territorial de Educação Profissional do Sisal II, decidiram elaborar o projeto logo após perceber o grande número de luvas descartadas nas aulas práticas do curso de análises clínicas.
Dessa forma, com o objetivo de reduzir o acúmulo de resíduo desse material, começaram a pensar em soluções. Na região, se produz bastante sisal, considerado o ‘ouro’ local.
De acordo com Pachiele, a fibra do sisal é usada para artesanato. Assim, eles tiveram de produzir um bioplástico a partir do sisal e, com esse bioplástico, produzirmos luvas que poderiam substituir as luvas descartáveis.
Com o projeto ainda em andamento, a equipe já conseguiu desenvolver o bioplástico feito de sisal e as luvas devem ser testadas muito em breve.
Segundo a orientadora, a próxima etapa será de testes da luva, para ajustar as necessidades e fazer os testes de resistência, flexibilidade e contaminação microbiológica.
Ao final do projeto a expectativa é ter uma luva que seja segura e confortável para o usuário.
Além disso, mais barata e mais biodegradável que a luva descartável comercial.
Fonte: Bahia Notícias