O Brasil vai aproveitar a Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP27) para atrair investimentos e mostrar ao mundo o potencial da energia verde
Durante a Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP27) o Brasil pretende atrair investidores para energia verde.
Da mesma forma, mostrar ao mundo, o potencial que tem para a geração de energia limpa e barata.
Energia limpa
A energia verde é aquela gerada de forma sustentável, minimizando o impacto ambiental e atenuando as mudanças climáticas.
A COP27 teve início no último domingo (6) e reúne, até o dia 18 de novembro em Sharm El Sheikh, no Egito, representantes oficiais de governo bem como da sociedade civil para discutir maneiras para enfrentar e se adaptar às mudanças climáticas.
Os debates terão, debatem principalmente o novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que analisa primordialmente as vulnerabilidades, capacidades e limites do mundo e da sociedade para se adaptar às mudanças climáticas.
Oportunidade para atrair investidores
De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, a delegação brasileira buscará mostrar o potencial do país para a geração de energia verde.
Segundo o ministro, o Brasil, por características naturais e econômicas, é um potencial nesse setor.
Ele segue dizendo ainda que o principal objetivo do Brasil na COP 27 será o de “levar a eles o Brasil das energias verdes”, para trazer o financiamento climático e acelerar toda essa economia verde junto com o setor privado.
Leite finaliza dizendo que o que o país deseja é que o setor privado dê escala a uma nova economia verde, neutra em emissões até 2050.
Potencial energético
De acordo com o ministro Leite disse que o potencial energético brasileiro para a geração de energia em terra firme, com usinas eólicas, solares e de biomassa é de 100 GW.
É um volume bastante expressivo de energias renováveis e limpas que pode ser transformado em hidrogênio verde e amônia verde para exportação, disse o ministro, referindo-se a estes combustíveis que, por não serem danosos ao meio ambiente, têm despertado cada vez mais interesse no exterior.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a matriz energética brasileira se destaca com um índice renovável de 84%, frente a 27% da média mundial.
As matrizes solar e eólica bateram recordes de produção em 2022, respectivamente 14 GW e 22 GW.
Nesse sentido, somadas, essas duas fontes são suficientes para fornecer energia limpa para mais de 40 milhões de brasileiros.
Fonte: Folha de Pernambuco