Os criptoativos são gerados em áreas de preservação protegidas por produtores rurais do Brasil
A greentech Grupo Brasil Mata Viva lançou recentemente no mercado brasileiro o “MundiToken”, uma criptomoeda ambiental que permite que empresas e pessoas físicas contribuam com a redução da pegada de carbono e, ao mesmo tempo, transformar a proteção ambiental em um ativo econômico.
O criptoativo “verde” da empresa, ficam registradas em blockchain, são “pedaços” de Unidades de Crédito de Sustentabilidade (UCS).
Créditos de sustentabilidade

Em síntese, essas UCSs são áreas preservadas por 230 proprietários rurais de estados do Norte e do Sudeste do Brasil.
Existem mais de um milhão de hectares de mata nativa protegida. Há também áreas públicas, como por exemplo a do rio Iratapuru, no Amapá.
Essas áreas são consideradas “commodities ambientais” ESG (meio ambiente, social e governança), que contemplam 27 serviços ambientais de preservação ecossistêmica, como regulação do clima, fluxo hidrológico e preservação da fauna e da flora nativa.
Compensação ambiental

De acordo com o Grupo Brasil Mata Viva, as UCs foram registradas na B3 como uma CPR Verde.
Criadas em outubro de 2021 pelo governo federal, essas CPR Verdes são títulos que recompensam os produtores que preservam a parcela de vegetação nativa de suas propriedades.
Segundo Maria Tereza Umbelino, CEO e fundadora do BMV, a retomada econômica nesse cenário pós-pandemia passa pela conservação ambiental.
Para isso, desenvolvemos uma metodologia própria, que permite que as empresas, independentemente do porte e segmento, possam reduzir os seus impactos ambientais, conclui.
Apoio científico

A metodologia envolvendo as UCs e os tokens foi desenvolvida ao longo de dez anos pela empresa com apoio científico da Universidade Estadual Paulista (UNESP).
Qualquer floresta, seja ela pública ou privada, pode gerar unidades de crédito de sustentabilidade, desde que atenda primordialmente os critérios necessários.
De acordo com a greentech, no Brasil será possível produzir 9 bilhões de UCS, um um mercado que tem potencial para movimentar cerca de R$ 1,3 trilhão dentro do universo ESG, disse a empresa.
Fonte: Infomoney