As medidas são parte de resoluções para tornar a F1 mais sustentável no Brasil
O GP São Paulo de F1, aconteceu durante o mês de novembro no autódromo de Interlagos, com ingressos esgotados.
Mas em 2022, além dos carros velozes, motores potentes e excelentes pilotos, medidas adotadas no quesito sustentabilidade e ESG chamaram a atenção.
Você sabia que a 22ª segunda etapa e penúltima do Mundial de F1, teve o gerenciamento do óleo usado e da mesma forma, a compensação do carbono emitido durante todo o evento aqui no Brasil?
As medidas são parte de resoluções para tornar a F1 mais sustentável, lançado em 2019, baseado em pilares de ESG e Sustentabilidade, dentre eles emissão zero de carbono até 2030 e combustíveis 100% limpos, a fim de deixar um legado positivo por onde a F1 passar.
Rerrefino do óleo lubrificante

O óleo lubrificante usado ou contaminado, conhecido como OLUC, é um resíduo perigoso presente em motores industriais e de automóveis que deve ser separado e gerenciado de forma adequada.
A legislação brasileira determina que todo OLUC deve ser coletado e destinado para a reciclagem, por meio do rerrefino, e proíbe taxativamente o uso do resíduo como combustível, destinação para queima ou para quaisquer outros fins.
Durante ao GP de São Paulo, a Lwart Soluções Ambientais, empresa 100% brasileira, que coleta, destina e transforma diversos tipos de resíduos comerciais e industriais, foi a responsável pela coleta do óleo lubrificante.
De acordo com Marcelo Murad, diretor de Coleta e Logística da Lwart Soluções Ambientais, é histórico o fato de a etapa de São Paulo da maior categoria do automobilismo projete para o mundo a mensagem de que o óleo lubrificante usado só deve ter um destino, o rerrefino.
Vale lembrar que esse é um resíduo presente nos automóveis de passeio, por exemplo. Portanto, o consumidor também exerce um papel de fiscalização ao procurar saber qual o destino do óleo lubrificante retirado do seu carro. Mais do que cumprir a legislação é garantir a saúde das pessoas e do meio ambiente, completa Murad.
Para se ter uma ideia, segundo a AMBIOLUC, entidade que representa o setor, um único litro de óleo lubrificante usado é capaz de contaminar 1 milhão de litros de água.
Além disso, para cada 10 litros queimados são gerados 20 gramas de metais pesados, segundo dados da CETESB.
Como foi a coleta no GP São Paulo de F1

Durante o GP de F1 em São Paulo, foram instalados tambores dentro dos boxes das dez escuderias, para a coleta do óleo, durante todo o período da etapa brasileira.
Depois de coletado e devidamente armazenado, o resíduo foi transportado por um caminhão específico para esse tipo de transporte e levado à fábrica da Lwart localizada em Lençóis Paulista/SP, uma das plantas mais modernas do mundo para rerrefino de óleo lubrificante usado.
Com isso, o GP São Paulo de Fórmula 1 recebeu o Certificado de Destinação Final, documento de valor legal que assegura a conformidade com as normas ambientais.
Compensação e créditos de carbono

A neutralização da pegada de carbono do GP de F1 foi realizada pela SMARTie Carbon, plataforma de comercialização de créditos de carbono do Grupo Solví, fornecedora oficial do Grande Prêmio de São Paulo 2022, para neutralização da pegada de carbono do evento.
A parceria estima que aproximadamente 5 mil créditos de carbono foram compensados no evento deste ano, por meio de créditos gerados pela UVS (Unidade de Valorização Sustentável) Essencis Caieiras, do Grupo Solví, ecoparque instalado no mesmo estado onde o evento ocorre (São Paulo).
Segundo a Head de Inovação Aberta e Sustentabilidade do Grupo Solví, Ariane Mayer, a neutralização de emissão de carbono do Grande Prêmio de SP corresponde à uma esfera de 171 metros de diâmetro, e que pode ser comparada a um prédio de 57 andares.
Esta ação é muito importante para o meio ambiente e para o estado de São Paulo, demonstrando na prática o compromisso da organização do evento com a sustentabilidade.
Ariane ressalta ainda que, para a SMARTie Carbon e do Grupo Solví é uma honra fazer parte deste movimento.
Economia de baixo carbono

A parceria faz parte da estratégia para a construção de uma economia de baixo carbono. Por isso, o Grande Prêmio de São Paulo escolheu compensar as emissões do evento com créditos inovadores, provenientes de ecoparques do Grupo Solví e comercializados pela SMARTie Carbon.
Ecoparques são parques tecnológicos de manejo e valorização sustentável de resíduos residenciais, comerciais e industriais.
Se destacam por possuir, em sua maioria, multitecnologias que operam em sinergia para maximizar a valorização de resíduos, trazendo um conceito ampliado, no qual a relação e o cuidado com a sociedade, o meio ambiente e a governança são tão importantes quanto os resultados econômicos atingidos.
De acordo com o Grupo Solví a parceria também contou com a ação “Seu carro carbono neutro com o GP de São Paulo”, que adicionalmente disponibilizou cerca de 8 mil créditos de carbono, compensando assim um mês de emissões de cada veículo.
A iniciativa contou com uma calculadora de pegada de carbono exclusiva e calculou a emissão mensal de gases de efeito estufa do carro de cada participante.
Após compensar, cada participante recebeu um certificado personalizado e exclusivo, demonstrando sua iniciativa em prol do meio ambiente junto com o Grande Prêmio de São Paulo. Esta ação atingiu aproximadamente 50 mil pessoas.
Além disso, durante os três dias de evento, a SMARTie Carbon esteve presente com sua equipe de especialistas para apoiar e tirar dúvidas do público em relação à neutralização de carbono.
Lançamento da SMARTie Carbon

O Grande Prêmio de São Paulo 2022 também marcou o lançamento da SMARTie Carbon, plataforma inovadora do Grupo Solví que traz ferramentas e acesso a créditos de carbono inteligentes para a compensação de emissões de gases de efeito estufa corporativos e pessoais.
Os créditos são gerados em quatro Ecoparques da Solví, localizados em Caieiras/SP, Salvador/BA, Minas do Leão/RS e São Leopoldo/RS. ,
Além da valorização de resíduos, são vinculados às diversas ações ESG promovidas pelo Grupo.
Para pessoas físicas, a página online também possui uma calculadora de pegada de carbono, pela qual os usuários poderão, em poucos passos, calcular a emissão anual da sua rotina com perguntas simples sobre suas ações diárias.
Após completar o cálculo, será possível compensar com os créditos inteligentes dos ecoparques.
Ao final, será gerado um certificado de carbono neutro para que as pessoas possam mostrar a todos suas iniciativas e incentivar que outras pessoas o façam.
O CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali demonstrou orgulho pelos passos que a categoria vem tomando no sentido de promover a sustentabilidade, a diversidade e a inclusão no esporte a motor.
“Estamos orgulhosos do que estamos entregando, mas sabemos que devemos continuar a progredir e entregar mudanças positivas e duradouras para a Fórmula 1”, conclui o CEO.
De acordo com Stefano, o novo regulamento de unidades de potência de 2026, inclusive, será um novo passo em direção ao desenvolvimento sustentável, assim como uma série de mudanças recentemente adotadas pela modalidade.
Com informações de: