Acordo pela biodiversidade foi firmado na segunda-feira(18) durante a COP15 no Canadá
Um acordo histórico pela biodiversidade foi firmado na segunda-feira(19), durante a Conferência da Biodiversidade da ONU em Montreal, Canadá.
De acordo com a ONU, o esforço mais significativo até agora para proteger a terra e os oceanos do mundo e fornecer financiamento para evitar a perda de biodiversidade no mundo em desenvolvimento.
Momento primordial para a natureza
Durante a cúpula, houve discordâncias principalmente sobre a força dos compromissos e de onde viria o financiamento.
A República Democrática do Congo apresentou algumas rejeições ao acordo, entretanto, o documento foi assinado por quase 200 países.
De acordo com Brian O’Donnell, diretor do grupo de conservação Campaign for Nature, em 2019, os cientistas soaram o alarme de que a biodiversidade está diminuindo a taxas sem precedentes na história da humanidade e convidam os líderes globais a agir com ousadia.
Metas estabelecidas
Chamado Acordo de Kunming-Montreal, o documento foi comparado ao compromisso do Acordo de Paris de manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C.
Uma das partes mais importantes do pacto é um acordo para proteger 30% da natureza até 2030.
Essa meta ’30×30′ é um dos maiores compromissos de conservação da terra e dos oceanos da história.
O acordo inclui uma promessa de reformar US$ 500 bilhões (€ 471 bilhões) de subsidiárias prejudiciais ao meio ambiente, sendo $ 30 bilhões por ano até 2030 para conservação no mundo em desenvolvimento e proteção dos direitos dos povos indígenas também fazem parte do texto final.
Medidas urgentes
Da mesma forma, os governos também concordaram em tomar medidas urgentes para prevenir a extinção de espécies ameaçadas pela atividade humana e promover sua recuperação.
Houve uma reação mista ao que foi e não foi incluído no documento. Enquanto alguns celebraram as medidas históricas, outros estão decepcionados com as promessas mais fracas em questões como por exemplo, consumo e uso de pesticidas.
O acordo Kunming-Montreal não é juridicamente vinculativo, entretanto, os países serão obrigados a mostrar seu progresso no cumprimento das metas por meio de planos nacionais de biodiversidade.
Fonte: Euronews