Um dos objetivos é estimular o uso do gás renovável para transportes e produção de fertilizantes em Goiás
O governo do estado de Goiás, sancionou na última semana a criação da Política Estadual do Hidrogênio Verde.
A medida pretende, entre outros pontos, incentivar o uso do gás no transporte público e na agricultura, com a produção de fertilizantes.
Marco Legal

O marco legal traz como diretriz estimular a destinação de recursos financeiros na legislação orçamentária para o custeio de atividades, programas e projetos, relacionados ao desenvolvimento da cadeia de H2V no estado.
O texto, aprovado pela assembleia legislativa no ano passado, define hidrogênio verde como “aquele obtido a partir de fontes renováveis, por meio de processo em que não haja a emissão de carbono”.
Ou seja, não restringe à produção a partir da eletrólise com energia solar ou eólica, deixando espaço para a inserção da rota de biocombustíveis na cadeia, já que o estado é um grande produtor de etanol.
Redução de gases de efeito estufa

A medida tem como objetivos o estímulo ao consumo, reduzir emissões de gases de efeito estufa bem como fomentar a cadeia produtiva do hidrogênio verde.
Além disso, pretende estimular a fixação de regras para auxiliar o desenvolvimento do mercado e atrair investimentos e infraestrutura para a produção, distribuição e comercialização do novo combustível.
As diretrizes preveem ainda, a realização de estudos e estabelecimento de metas e procedimentos que visem ao aumento da participação da energia de hidrogênio na matriz energética, possibilidade de incentivos fiscais para produção e aquisição de equipamentos, e principalmente financiamento de pesquisa.
Lançado em 2021, o Programa Nacional do Hidrogênio vai em um sentido diverso ao dos estados e dos interesses do próprio mercado, ao prever uma política aberta a todas as rotas de produção, incluindo fontes fósseis.
Acompanhando a demanda internacional, países vizinhos, como Chile, Uruguai, Colômbia também lançaram estratégias específicas para o hidrogênio verde.
No Chile, já são 42 projetos em andamento — um terço deles já em pré-construção ou construção por multinacionais como Engie, AES, Statkraft, Linde, Siemens Energy.
As mesmas empresas já anunciaram planos no Brasil, porém ainda em estudo de viabilidade.
Fonte: EPBR