Energia limpa compartilhada: tecnologia pode economizar até 20% na conta de luz

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Foto: Usina solar da Juntos Energia Compartilhada em Pedralva – MG

Modelo de energia compartilhada nasceu na Alemanha e tem se expandindo por todo o mundo

Uma recente pesquisa divulgada pela plataforma Cupom Válido a partir de dados da Abrace (Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres) mostra que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de contas de luz mais caras do mundo.

Nos últimos cinco anos, o custo da energia elétrica brasileira aumentou 47%, o que contribuiu para que o país subisse de posição na lista, ficando apenas atrás da Colômbia.

Alto custo

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Foto: Reprodução/Pexels

Outra pesquisa, realizada pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) em 2021, mostrou que oito em cada dez brasileiros consideram alto ou muito alto o preço da energia elétrica no país.

A constatação foi realizada por meio do estudo “Opinião do Brasileiro sobre Setor Elétrico”, que ouviu mais de duas mil pessoas de 130 municípios. 

Segundo o estudo, 81% dos brasileiros desejam poder escolher a empresa fornecedora de energia. De cada 10 entrevistados, sete afirmaram que trocariam o atual fornecedor de energia elétrica caso a medida de livre escolha fosse implantada, e 19% acreditam que o principal motivo dos preços elevados consiste na falta de concorrência no mercado ou na impossibilidade de se escolher a empresa fornecedora.

Energia compartilhada: perspectivas positivas 

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Foto: Reprodução/Pexels

Por conta das resoluções normativas (ANEEL 482/2012 e 687/2015) e a nova lei federal  (14300/2022), o mercado de energia abriu a oportunidade para que empresas de tecnologia possam conectar micro e mini fazendas solares e eólicas diretamente a residências ou empresas, utilizando a própria rede de distribuição das concessionárias existentes.

A empresa mineira Juntos Energia Compartilhada, primeira do país a conseguir conectar usinas às redes das concessionárias lançando o modelo de assinatura de energia, propõe um novo modelo de consumo.

“Em nossa tecnologia, que chamamos de energia limpa digital,  conectamos o consumo energético da casa ou negócio do cliente às nossas fazendas solares parceiras. Nós fazemos toda a gestão com a concessionária para que o consumidor receba uma conta de luz unificada, garantindo até 20% de economia no gasto com geração de energia, com um processo 100% digital, desde a contratação até o recebimento da fatura, sem burocracias”, explica o CEO da Juntos,  José Otávio Bustamante.

Além de reduzir os impactos no meio ambiente e nas mudanças climáticas, a tecnologia de energia limpa compartilhada elimina a necessidade de instalações de placas fotovoltaicas ou da cobrança de taxas de adesão.

“O que buscamos é democratizar o acesso à energia limpa no país. Nosso objetivo é atender 1 milhão de consumidores no Brasil até o fim de 2025 com energia renovável e mais barata”, ressalta Bustamante. 

Como funciona a energia limpa compartilhada?

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Foto: Reprodução/Pexels

O modelo se consolidou na Alemanha, tendo depois se espalhando pela Europa e Estados Unidos.

As “comunidades solares” se baseavam em cooperativas ou consórcios de consumidores, que juntos viabilizavam a instalação de pequenas usinas, compartilhando da energia produzida, mesmo que distante do local de consumo.

A mudança regulatória que criou no Brasil a modalidade de geração remota, transformou-se em uma oportunidade para a energia por assinatura.

É basicamente o conceito já conhecido da população para serviços como streamings ou operadoras de telefonia.

A empresa fornecedora “injeta” na rede a energia solar gerada e os créditos são abatidos da conta do consumidor, que fica livre da bandeira tarifária.

Esse benefício é estabelecido pela Aneel para estimular a produção de energia limpa próximo aos locais de consumo.

O modelo de geração de energia distribuída já corresponde a cerca de 4% de toda a matriz energética brasileira e deve avançar ano após ano. 

Por: José Otávio Bustamante – CEO da Juntos

** ** Este artigo é de autor independente e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Sustentabilidade.

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