Passaporte de monitoramento vai armazenar informações da vida útil das baterias elétricas
A Global Battery Alliance (GBA), consórcio de montadoras, fabricantes de baterias e organizações governamentais e não-governamentais, lançou no dia 18 de janeiro, a prova de conceito do seu Passaporte de Bateria, na Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos na Suíça.
A GBA é a maior organização multissetorial do mundo a estabelecer uma cadeia de valor sustentável de baterias até 2030.
Monitoramento das baterias
O Passaporte de Bateria é fundamental para facilitar o rápido dimensionamento de cadeias de valor de baterias sustentáveis, para atender às metas do Acordo de Paris por meio da eletrificação dos setores de transporte e de energia.
A tecnologia busca monitorar o desempenho de sustentabilidade das baterias elétricas, mensurando a pegada de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera e a taxa de reciclagem dos materiais.
Três protótipos foram anunciados ao longo do evento, dois modelos da Audi e um modelo da Tesla. A aliança quer estabelecer uma cadeia de valor de bateria sustentável até 2030.
Cadeia de produção
Os passaportes vão gerar dados sobre o fluxo dos materiais brutos gerenciados durante o processo de fabricação, como por exemplo, o local onde os metais foram extraídos e refinados e até como as células da bateria foram feitas.
Tanto os proprietários dos veículos elétricos quanto as empresas poderão ter acesso ao armazenamento.
As informações sobre a qualidade da bateria e segurança ambiental serão padronizadas e estocadas em uma nuvem.
Os dados ajudarão a determinar como a bateria será reutilizada e reciclada posteriormente. Cada bateria terá um QR Code para o rastreamento.
Transparência
Durante o painel Why we need battery passports, no terceiro dia do Fórum de Davos, especialistas avaliaram que a transparência aos consumidores é uma das principais metas para a implementação da ferramenta.
De acordo com o CEO do Eurasian Resources Group (ERG), Benedikt Sobotka, o passaporte da bateria trará níveis novos de transparência na cadeia de suprimentos, do começo ao fim.
Além de fiscalizar o desempenho das empresas no que diz respeito à governança ambiental, social e corporativa (ESG, em inglês), a ferramenta tem o objetivo de atender às metas do Acordo de Paris e, desta forma, contribuir para a neutralização dos setores de transporte e de energia.
Passaporte da União Europeia
Em abril do ano passado, a Alemanha anunciou o desenvolvimento dos passaportes de baterias destinados ao monitoramento das emissões de CO2 dos produtos importados ou fabricados pela União Europeia (UE).
O país investiu 8,2 milhões de euros para a concepção da classificação de sustentabilidade.
As testagens para o estabelecimento de padrões técnicos terá duração de três anos.
Após esse prazo, os veículos elétricos recarregáveis, transportes leves e baterias, vendidos na UE, terão que tornar pública sua pegada de carbono.
Além disso, a partir de 2027, terão que cumprir um limite de emissões de GEE.
Em 2026, o uso do passaporte de bateria será obrigatório no bloco econômico, com expectativas de avanço para outras nações.
Fonte: EPBR Portal Solar