Brasil vai exportar amônia verde para a Europa

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Parceria prevê integração da cadeia de abastecimento de amônia verde de Pecém, Ceará ao Porto de Roterdã, na Holanda.

O Brasil firmou um acordo para a exportação de amônia verde produzida em Pecém, no Ceará para a Europa através do Porto de Roterdã, na Holanda.

A Casa dos Ventos e Comerc Eficiência anunciaram na última quarta-feira (08) a parceira com a TransHydrogen Alliance (THA)  para viabilizar a exportação de amônia verde produzida no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), no Ceará.

Desde 2018, o Complexo do Pecém conta com a expertise e o know-how do Porto de Roterdã para a gestão conjunta do complexo industrial e portuário, ampliando assim a capacidade de o Ceará atrair ainda mais investimentos internacionais não somente na área portuária, mas também no segmento de infraestrutura e na instalação de novas indústrias na região.

Cadeia de suprimentos renovável

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Foto: Complexo de Pecém

As duas empresas têm um pré-contrato com o CIPP para instalação de uma planta com capacidade de até 2,4 GW de eletrólise, que poderá produzir 960 toneladas de hidrogênio por dia, e 2,2 milhões de toneladas de amônia por ano.

O memorando assinado com a THA estima que a produção da primeira fase seria exportada para a Europa por meio do Porto de Roterdã, na Holanda.

O objetivo é garantir uma cadeia de suprimentos de energia renovável para os países europeus.

Em visita ao Brasil no final de janeiro, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, reforçou o interesse de trabalhar com o país na ampliação de energias renováveis e produção de hidrogênio verde.

“Queremos usar os recursos renováveis abundantes no Ceará e nos estados vizinhos para ampliar nossas soluções de descarbonização para o exterior”, afirma Lucas Araripe, diretor-executivo da Casa dos Ventos.

Clientes internacionais

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Foto: Complexo de Pecém

Enquanto Comerc e Casa dos ventos entram com a produção, a THA tem negócios nas áreas de armazenamento e logística, transporte marítimo e entrega aos clientes no porto de Roterdã.

“O hidrogênio verde é o combustível do futuro, mas já é uma realidade e tendência mundial. Então, estarmos à frente de um projeto deste porte, com empresas europeias, coloca o Brasil em evidência e nos posiciona como um importante player no setor”, diz Marcel Haratz, Presidente da Comerc Eficiência.

As empresas Casa dos Ventos e Comerc Eficiência já haviam firmado um Memorando de Entendimento (MoU) com o Governo do Estado do Ceará e outro com o próprio CIPP.

A unidade, que ocupará uma área de até 60 hectares na Zona de Processamento de Exportação (ZPE Ceará).

A substituição de parte do hidrogênio de gás natural (cinza) pelo de eletrólise (verde) produzido pelas empresas pretende evitar a emissão de até 430 mil toneladas de CO2 por mês, o hidrogênio cinza emite 2,4 kg de CO2 para cada quilo de amônia produzida.

O empreendimento, que começou a ser trabalhado em 2021, está agora na fase de licenciamento ambiental e projeto básico para iniciar a implantação em etapas.

O início da primeira fase da operação é previsto para 2026.

Fonte: Terra Complexo de Pecém

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