A conferência mundial sobre os oceanos terminou com 341 compromissos de governos para proteger o ecossistema marinho, que contemplam fundos de quase 20 bilhões de dólares (104 bilhões de reais).
A Conferência Mundial dos Oceanos – Our Ocean, que terminou na última sexta-feira(03) fechou 341 novos compromissos no encontro de dois dias, com o objetivo de combater a poluição, a pesca ilegal e outras ameaças ao mar, que implicam fundos de 19,97 bilhões de dólares, de acordo com a chanceler do Panamá, Janaina Tewaneya.
A próxima conferência dos oceanos acontecerá em 2024, na Grécia segundo anuncio da chanceler.
Durante os dois dias de debates no Panamá, os 600 delegados de governo, ONGs, empresas e órgãos internacionais voltaram seus olhares para as negociações na ONU sobre um acordo para proteger o alto-mar, que cobre metade do planeta.
Sem acordos
Os delegados da Our Ocean não fecharam acordos nem fizeram votações, e sim anunciaram “compromissos vonuntários” para proteger o oceano.
Os Estados Unidos se comprometeram a destinar quase US$ 6 bilhões (R$ 31 bilhões) para proteger os mares e combater ameaças como a poluição e a pesca ilegal. O anúncio foi feito no último dia da conferência.
De acordo com o ex-chefe da diplomacia americana John Kerry, o país está empreendendo muitas iniciativas diferentes, para ter o maior impacto possível.
Durante a conferência, os Estados Unidos fizeram 77 anúncios, de oito agências e escritórios, no valor total de quase 6 bilhões de dólares, informou a embaixada dos Estados Unidos no país-sede.
Esforços coletivos
O compromisso não revela o período em que os repasses serão feitos, mas destaca que o valor é “mais do que o dobro” do que os Estados Unidos prometeram na conferência Our Ocean, em 2022.
O montante atribuído pelos Estados Unidos se soma aos 800 milhões de euros (cerca de R$ 4,4 bilhões) anunciados na véspera pela União Europeia.
Também serão destinados mais de US$ 665 milhões de dólares (R$ 3,4 bilhões) para desenvolver a pesca sustentável, mais de US$ 200 milhões (R$ 1 bilhão) a programas contra a poluição, US$ 73 milhões (R$ 380 milhões) a programas de economia azul, US$ 72 milhões (R$ 375 milhões) à segurança marítima e US$ 11 milhões (cerca de R$ 57 milhões) a áreas protegidas, segundo o texto.