Ouro, platina e estanho: Conheça as riquezas em seu lixo eletrônico

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Conheça a riqueza oculta que está por trás do lixo eletrônico e todas as possibilidades do que muitos chamam de lixo.

O lixo eletrônico é nada mais, nada menos que o resultado das inovações tecnológicas, que atingem principalmente, computadores e aparelhos celulares.

Diariamente, há uma variedade de aparelhos eletrônicos que são descartados, como impressoras, notebooks, celulares, televisões, smartphones, eletrodomésticos, entre outros.

Descarte correto

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Foto: Reprodução/Pexels

Estes aparelhos podem conter substâncias tóxicas e metais pesados capazes de contaminar o solo, a água e os alimentos, como por exemplo o chumbo, o mercúrio, o cromo e o cádmio.

Diante disso, é importante que esses aparelhos sejam descartados e gerenciados de maneira adequada.

Mas o que poucos sabem é que esses aparelhos possuem materiais de valor em sua composição, o que pode significar o resgate de bilhões de dólares em matérias-primas minerais.

Diversas matérias-primas podem ser encontradas nestes aparelhos, dentre eles o ouro, o platino e o estanho.

Conheça estas três riquezas ocultas por trás do lixo eletrônico.

Ouro (Au)

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Foto: Reprodução/Pexels

Produzido a partir da colisão de duas estrelas de nêutrons, o ouro é um metal precioso que geralmente é encontrado no ramo da joalheria, indústria e eletrônica, bem como reserva de valor.  

Um dos metais mais cobiçados e procurados na Terra, o ouro é um excelente condutor de energia elétrica e térmica, usado geralmente em componentes que não podem sofrer processos de oxidação e que precisam de boa condução elétrica e de calor.

Segundo o relatório divulgado pelo Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa (Unitar, na sigla em inglês), o lixo eletrônico gerado em 2019, continha 7 mil quilos de ouro em toda a América Latina.

Por ano, a indústria mundial de equipamentos eletrônicos investe cerca de 16 bilhões de dólares na compra de ouro.

De acordo com o Greenpeace, 48% da extração de ouro é destinada à produção de joias, 40% é utilizada em operações financeiras e 12% para fabricar equipamentos eletroeletrônicos. 

Para se ter uma ideia, apenas um celular possui em média, 0,026 gramas de ouro, sem contar o ouro que há no cartão SIM e no cartão de memória.

Porém, 38 celulares é igual a 1 grama de ouro, ou seja, um celular possui 26 miligramas de ouro.

Platina (Pt)

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Foto: Reprodução/Pexels

Encontrada naturalmente em aluviões de diversos rios, como rochas, por exemplo, se trata de um metal raro e até mais valioso que o ouro, além de ser o mais pesado dos metais.

A platina foi utilizada pela primeira vez pelos nativos pré-colombianos da América do Sul para produzir artefatos.

É um metal que se destaca pelo seu alto ponto de fusão e pela sua pureza.

Em aparelhos eletrônicos, como o iPhone, por exemplo, podem ser encontrados menos de um miligrama de platina.

No caso dos smartphones, computadores e tablets, a platina permite carregar uma grande quantidade de dados em nossas mãos, além de ser responsável por manter o disco rígido funcionando nestes aparelhos.

Estanho (Sn)

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Foto: Reprodução/Pexels

Um dos metais mais antigos conhecidos, o Estanho é um metal branco que foi usado como um dos componentes do bronze desde a antiguidade, sendo que diversas indústrias a utilizam como matéria-prima, entre elas a indústria eletrônica.  

Encontrado principalmente no mineral “cassiterita”, com composição SnO2, o estanho é muito resistente à corrosão.

Nos smartphones, é usado para aplicar um revestimento fino, transparente e condutor às suas telas, sendo responsável pela função de tela sensível ao toque.

Além dessa função, o estanho é usado no conserto dos aparelhos em que o fio de estanho é usado no processo de soldagem.

O estanho é extraído do lixo eletrônico através da reciclagem mecânica, em que ocorre a diminuição do tamanho do material e a fragmentação por britagem e moagem, produzindo assim os resíduos.

Em seguida, esses resíduos passam por peneiras, classificadores mecânicos e ciclones, que classifica o material por granulometria. 

Recuperação dos materiais

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Foto: Reprodução/Pexels

Esses metais presentes em vários aparelhos eletrônicos podem ser recuperados por dois caminhos, a pirometalurgia, que basicamente é a incineração do lixo eletrônico e depois os metais são separados por ponto de fusão.

É um método barato, mas é um processo que gera gases tóxicos e os metais recuperados possuem baixo teor de pureza.

Outro caminho é a hidrometalurgia, em que o metal é dissolvido por meio de reações químicas, separando-o de outras substâncias.

O Brasil tem investido na reciclagem de eletroeletrônicos, em que passa pela etapa de amostragem, onde o material é triturado e formando uma mistura homogênea.

No laboratório se retira uma amostra, onde são identificados os metais contidos no lixo e depois passa pela etapa de refino, ou seja, a separação de cada um dos metais.

Cobiçados pelos fabricantes de bateria que compram componentes reciclados, como o estanho, por exemplo, os metais preciosos são cotados até mesmo pela bolsa de valores, sendo que o valor dos materiais recém extraídos ou reciclados é o mesmo.

Cada metal tem o seu valor, gerando grande lucro, sendo que também podem ser usados para a fabricação de novos catalisadores.

Fonte: Mineração Urbana: O tesouro escondido no lixo eletrônico

Lixo eletrônico: o que é e por que é importante reciclá-lo | National Geographic

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