Aterro sanitário em Curitiba se torna potência em geração de energia solar

aterro sanitário

A Pirâmide Solar do Caximba é uma usina com cerca de 8,6 mil painéis fotovoltaicos instalados no antigo aterro sanitário de Curitiba, desativado em 2010.

Em comemoração dos 330 anos de sua fundação de Curitiba, em 29 de março, foi inaugurada a usina da Pirâmide Solar do Caximba, com cerca de 8,6 mil painéis fotovoltaicos instalados no antigo aterro sanitário de Curitiba, desativado em 2010.

O projeto da prefeitura, que recebeu investimentos de R$ 28 milhões através de um financiamento internacional, começou em 2021.

Geração de energia

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Foto: Gilson Abreu/AENPR

Com capacidade instalada de 4,55 MWp de geração, a nova usina já está injetando a energia gerada na rede da Copel, através de uma rede de transmissão com sete quilômetros de extensão que vai até a Subestação de Fazenda Rio Grande.

A previsão é de uma economia de R$ 2,65 milhões por ano aos cofres do município, o que representa 30% dos gastos de energia de todos os prédios públicos municipais, de acordo com a concessionária.

De acordo com o governador de Curitiba, Ratinho Junior, a cidade tem vocação sustentável reconhecida.

Na solenidade, o governador também sancionou a lei que institui Curitiba como a Capital dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

“Curitiba é vista pelo mundo como uma cidade extremamente inovadora, com a implantação de projetos pioneiros em todas as áreas, da mobilidade ao meio ambiente. A Pirâmide Solar é uma demonstração que ela consegue achar soluções para aquilo que era um problema para a cidade, como era o Aterro do Caximba”, afirmou o governador.

Transformando o passivo ambiental

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Foto: Gilson Abreu/AENPR

De acordo com o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, a iniciativa é uma solução ao passivo ambiental criado após a desativação do aterro, já que o local não pode ser utilizado como área residencial, comercial ou industrial.

“Estamos vendo um lugar que era passivo ambiental, um aterro sanitário que ninguém queria ver, agora transformado em um ativo ambiental, um exemplo para o Brasil e o mundo”, disse.

A implantação da usina acontece em um momento de revitalização da região, com o projeto do Bairro Novo da Caximba, que é apoiado pelo Governo do Estado.

O Instituto Água e Terra (IAT) doou um terreno na Vila 29 de Outubro, uma Área de Proteção Ambiental (APA), para viabilizar a iniciativa. O terreno tem cerca de 800 mil metros quadrados e valor estimado de R$ 240 milhões. 

O projeto vai promover o reassentamento de 1.147 famílias que hoje vivem em situação de vulnerabilidade social e sanitária e que ocupam a área.

Com o financiamento de US$ 57 milhões da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), o Bairro Novo do Caximba será o primeiro bairro inteligente do Brasil e o maior projeto socioambiental da história recente da Capital.

Fonte: AENPR

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