Brasil pode gerar até R$ 26 bi por ano em créditos de carbono

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Estimativa é de consultores americanos de fundos de ativos e destaca potencial do Brasil para gerar créditos de carbono.

O Brasil pode gerar até R$ 26 bi por ano em créditos de carbono, de acordo com a consultoria americana McKinsey & Company.

Isso se deve ao grande potencial na área. Mais de 80% da produção de energia do país vem de fontes renováveis, enquanto a média mundial é de menos de 30%.

Potencial nas florestas

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Foto: Reprodução/Pexels

A emissão de gases que provocam o aquecimento do planeta movimenta um mercado que tem como objetivo principalmente o equilíbrio ambiental.

Quem emite esses poluentes pode compensar isso comprando créditos de projetos que capturam o carbono.

Nesse mercado, o Brasil tem um potencial enorme, principalmente devido às florestas e biomas nacionais.

De acordo com Gustavo Luz, gerente do Fundo Vale, o crédito de carbono surge como mais um elemento que vai ajudar a manter as florestas de pé.

Em síntese, um crédito de carbono significa que uma tonelada de gás carbônico deixou de ir para a atmosfera por causa de uma área que foi conservada ou reflorestada, por exemplo.

Certificações

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Foto: Reprodução/Pexels

O Verified Carbon Standard (VCS), principal padrão de certificação do mercado voluntário de créditos de carbono, registra e monitora projetos que reduzem ou removem emissões de GEE na atmosfera em diferentes setores.

A certificação tem o objetivo de rastrear os créditos da sua origem até a sua aposentadoria, garantindo dessa forma, o lastro e a integridade ambiental do crédito ao assegurar que ele está atrelado a um projeto que efetivamente reduz emissões.

Quando um projeto registrado comprova que conseguiu reduzir ou remover o equivalente a uma tonelada de CO2 em emissões, ele obtém o direito de emitir um crédito de carbono.

Esses créditos são comprados por instituições que desejam mitigar as suas emissões de GEE, prática que vem ganhando espaço.

Um número cada vez maior de empresas assume compromissos para atingir a neutralidade de carbono – o chamado Net Zero –, comprando créditos para compensar as emissões de suas operações

Essas certificações aumentam o valor do crédito de carbono produzido.

“O recurso gerado por isso é reinvestido na proteção florestal, seja em fomento a cadeias produtivas locais, seja em projetos de desenvolvimento comunitário, seja em novos projetos de geração de crédito de carbono”, diz o gerente do Fundo Vale, Gustavo Luz.

Compensando as emissões

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Foto: Reprodução/Pexels

Do outro lado do balcão, comprando créditos, estão empresas que ainda não reduziram as próprias emissões e precisam fazer a compensação.

De acordo com a consultoria empresarial da McKinsey & Company com tanta área verde, o Brasil pode gerar até R$ 26 bilhões por ano em créditos de carbono e além disso, investir em projetos florestais também cria empregos: o potencial é de 1,5 milhão de vagas até 2030.

A vice-presidente de uma empresa que desenvolve projetos para geração de créditos – e ajuda quem quer entrar nesse mercado – explica que o Brasil sai muito à frente na comparação com outros países.

Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética e do Ministério de Minas e Energia  mais de 80% da nossa produção de energia vem de fontes renováveis, enquanto a média mundial é de menos de 30%.

“A gente tem uma curva ascendente de desmatamento. Se a gente simplesmente inverter isso, como já foi feito no passado, a gente tem um potencial enorme de reduzir as nossas emissões, e vender carbono de soluções baseadas na natureza. Além de ser um projeto mais barato, tem o benefício adicional de que um projeto seja ele de conservação, de redução de desmatamento ou de novas florestas, ele também contribui com a sociobiodiversidade, ele também contribui com o ciclo hídrico e ele também contribui com a adaptação às mudanças climáticas”, afirma Cinthia Caetano, vice-presidente da Future Carbon.

Fonte: JN

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