O Plano Safra 2023/2024 será voltado para os produtores que aderirem às práticas sustentáveis e assim, possam ter melhores condições de financiamento.
Os ministérios da Agricultura e Pecuária, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, da Fazenda e do Meio Ambiente e Mudança do Clima firmaram nesta terça-feira (18) um acordo para a construção de um Plano Safra 2023/2024 voltado à sustentabilidade.
O objetivo é principalmente que o Plano Safra tenha condicionantes positivas, para que os produtores que aderirem às práticas sustentáveis possam ter melhores condições de financiamento.
O Plano Safra foi instituído em 2003 para fomentar a produção rural brasileira.
Todos os anos, o governo federal destina verbas para investimento ou para custeio, industrialização e comercialização dos produtos agrícolas. Trata-se do maior incentivo financeiro para a área, no contexto nacional.
O programa engloba diversas políticas públicas, com atenção especial à agricultura familiar e às cooperativas.
A ideia é destinar recursos para que pequenos e médios produtores se profissionalizem, sempre seguindo bases sustentáveis.
Sustentabilidade na produção

O Plano Safra 2023/2024 pretende aliar o financiamento das tecnologias agrícolas de diversas áreas com a sustentabilidade da produção.
O estímulo pode ser desde o acesso às práticas de assistência técnica e além disso, a concessão de bônus.
“O Plano Safra 2023/2024 terá a agricultura de baixo carbono como linha mestra. Tenho certeza de que faremos o melhor Plano Safra da história do Brasil”, disse o ministro Carlos Fávaro, da Agricultura, que está em missão oficial em Londres e participou da reunião virtualmente.
Agenda ambiental

De acordo com o secretário-executivo em exercício do Mapa, Luiz Rodrigues, as tecnologias de agricultura de baixo carbono também ajudam a criar resiliência para o produtor rural.
“Temos que construir uma agricultura contemporânea, sustentável, com uso de agricultura digital e que também seja resiliente. E esse Plano Safra vai ajudar a aumentar a resiliência da agricultura”.
“Estamos definindo quais as formas de conceder esses benefícios”, explicou o secretário de Política Agrícola em exercício do Mapa, Wilson Vaz.
A ministra Marina Silva lembrou que a proposta de agricultura de baixo carbono para o Plano Safra surgiu de uma conversa entre ela e o ministro Fávaro, ainda em janeiro, e afirmou que o Brasil pode ser ao mesmo tempo uma potência agrícola, florestal e hídrica.
Segundo ela, o Plano Safra deverá evoluir para que toda a agricultura seja de baixa emissão de carbono.
“Podemos chegar a um nível em que os tomadores de recurso poderão receber bônus por esse cumprimento de normas de natureza sustentável para agricultura de baixo carbono”.
Agricultura Regenerativa

O uso de bioinsumos e o incentivo à agricultura regenerativa devem estar presentes no Plano Safra, destacou o ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário.
O objetivo é que a principal política de fomento à produção rural brasileira impulsione a adoção de práticas produtivas voltadas à sustentabilidade ambiental, bem como a expansão da agricultura de baixo carbono.
De acordo com as informações do governo, por meio de incentivos financeiros, destacadamente a concessão de crédito com taxas de juros reduzidas.
Segundo Teixeira, a iniciativa visa o estabelecimento de maiores incentivos para quem optar por uma agricultura regenerativa e de baixo carbono.
De acordo com o MAPA a conservação e a recuperação da vegetação nativa são vitais para a manutenção das condições climáticas e hidrológicas necessárias para que a produção agropecuária brasileira continue a aumentar com base em ganho de produtividade, e não na abertura de novas áreas.
Fonte: Canal Rural