Resíduos agrícolas são transformados em cola e objetos de decoração por startup brasileira

resíduos agrícolas

A startup que começou na faculdade usa resíduos agrícolas e de acordo com os fundadores não emite CO2.

A empresa brasileira Mush utiliza cria objetos decorativos usando resíduos agrícolas.

Para a fabricação, a cola utilizada é proveniente do micélio.

Nascida no campus Ponta Grossa da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a Mush desenvolve produtos para o setor da construção civil, arquitetura, decoração e design.

Micélio

resíduos agrícolas
Micélio – Foto: Reprodução/Pexels

Os produtos são feitos com micélios, que é parte do cogumelo composta por uma rede de fibras finas que se assemelha a raízes.

A empresa cria painéis acústicos, luminárias e painéis decorativos que seguem o conceito de negócio regenerativo, usando tecnologia para transformar resíduos da agroindústria em materiais resistentes, seguros e biodegradáveis.

Criada pelos sócios Eduardo Sydney, Leandro Oshiro e Antônio Carlos de Francisco, a empresa tinha como proposta inicial a produção de embalagens sustentáveis a partir de fungos.

O modelo, porém, requer uma escala de produção muito grande, que não seria viável dentro do laboratório da universidade. Após uma pesquisa de mercado, os sócios decidiram pivotar.

Matéria-Prima Sustentável

resíduos agrícolas
Foto: Mush

Os resíduos agrícolas são a matéria-prima principal da empresa. Entre eles estão palhas, cascas, bagaços e serragem.

“Esses materiais são os que geralmente sobram da produção tanto de alimentos quanto de madeira”, diz Sydney.

O resíduos são utilizados como fonte de nutrientes para os fungos. O micélio, parte vegetativa do cogumelo, é usado como cola natural, que se agrega ao substrato, formando um novo material.

O processo é feito dentro de moldes, o que faz com que o produto final possa adquirir o formato desejado.

De acordo com a empresa, ao final do processo o fungo é inativado e o material se torna estável e dura para sempre.

Impacto positivo

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Foto: Mush

O produto final é orgânico e biodegradável e versátil.

De acordo com Sydney, essa cadeia de produção não emite gás carbônico e nem gera lixo.

“Estamos traçando um caminho para nos tornarmos carbono negativo e gerar crédito de carbono”, complementa.

O engenheiro acredita que só vai conseguir causar impacto social e ambiental quando a solução for acessível para todos.

Por isso, a redução de custos de operação é um dos principais focos da empresa.

Além disso, com o aumento da escala de produção, a Mush pretende voltar para a área de produção de embalagens, visando expandir a sua atuação na construção civil.

Fonte: PEGN Mush

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