Em 1990 o Brasil reciclava menos da metade do que era produzido pela indústria.
O Brasil atingiu um marco inédito em 2022 na área ambiental, reciclando a mesma quantidade de latinhas de alumínio que produziu. Os dados são da Recicla Lata/ABAL.
Em 1990 o Brasil reciclava menos da metade do que era produzido pela indústria.
No início dos anos 2000, esse percentual começou a aumentar gradativamente. Em 2022, o país alcançou o número inédito de 390 toneladas recicladas, das 389,2 toneladas produzidas, dessa forma, invertendo o índice de reciclagem.
Reciclagem gera renda
De acordo com Renato Paquet, secretário executivo da Recicla Latas, a reciclagem de latinhas no Brasil, injeta anualmente mais de 6 bilhões na economia.
Em 2022, para se ter uma ideia, com a reciclagem o país economizou energia suficiente para o consumo doméstico para abastecer a cidade de Goiás.
Segundo a Associação Nacional de Catadores, são mais de 1 milhão de pessoas que ganham a vida com a reciclagem, e os desafios são grandes já que nem tudo que é coletado, é reciclado.
De acordo com a Associação Brasileira de empresas de limpeza pública e resíduos especiais, somente 4% do que poderia ser reciclado é reaproveitado.
Emissões de gases de efeito estufa
Segundo dados da Recicla Latas, organização responsável pelo aperfeiçoamento da logística reversa das latas de alumínio para bebidas do Brasil, a reciclagem das latinhas evitou a emissão de 15 milhões de toneladas de gases de efeito estufa (GEE) nos últimos 10 anos.
O dado foi obtido com base nas informações do Índice Nacional de Reciclagem Latas de Alumínio para Bebida, divulgado pela própria entidade gestora.
Em 2021, por exemplo, o setor impediu que 1,9 milhão de toneladas desses gases chegassem ao meio ambiente.
“A gente tem este desafio: estruturar melhor a gestão de resíduos sólidos urbanos com as empresas que são responsáveis pela geração dos resíduos, que criam os produtos e o pós-consumo – as latinhas, as garrafas e tudo mais -, atuando assim, mais em apoio da reciclagem, com a parceria com o poder público e com a presença dos catadores e catadoras”, afirma Armindo Teodosio, pós-doutor em Ciências Ambientais.
Fonte: JN