Impactos associados ao descarte inadequado de tampinhas plásticas

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Quando descartadas incorretamente, as tampinhas encontram rios, lagos, córregos e o solo como disposição final.

Atualmente, segundo a composição gravimétrica de resíduos sólidos urbanos (RSU), os orgânicos são o material residual predominante, com 45,3%, os recicláveis secos somam 35%, sendo compostos principalmente pelos plásticos (16,8%), papel e papelão (10,4%), vidros (2,7%), metais (2,3%), e embalagens multicamadas (1,4%).

Verifica-se, portanto, que em termos de geração, o plástico ocupa a segunda posição. Dentre os materiais plásticos, encontram-se as tampinhas. Elas são confeccionadas, em sua grande maioria, de PEAD (2) ou PP (5) que são materiais 100% recicláveis.

Entretanto, quando descartadas incorretamente, essas tampinhas encontram rios, lagos, córregos e o solo como disposição final.

Agente poluidor

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Foto: Reprodução/Pexels

Em ambiente natural, alteram significativamente a fitofisionomia local. Verifica-se ainda, que muitos desses materiais acabam encontrando os oceanos, prejudicando o ecossistema marinho.  

Além de ser um agente poluidor, em meio urbano causam entupimento de bueiros e redes de esgoto, contribuído para alagamentos e enchentes.

Percebe-se que há diversas organizações que realizam campanhas sistêmicas que visam retirar esse material do ambiente e revertem para inúmeras causas sociais. Sejam elas: assistenciais, violência contra mulheres, educacionais, animal, etc.

Com isso, deixa-se de enviar para os aterros sanitários um material que ainda possui um alto valor agregado e possibilidade de reciclagem para novos artefatos.

Descarte correto

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Foto: Reprodução/Pexels

Quando se realiza o descarte correto em pontos de entrega voluntária (PEV) e as tampinhas chegam nesses centros recicladores, estamos além de contribuir com o  ambiente, estimulando práticas de economia solidária.

Este sistema possui uma clara contribuição social, quando identifica e trata como elo de uma cadeia a participação da sociedade civil, empresas públicas e privadas e os catadores de materiais recicláveis.

Por fim, cabe uma reflexão de que não existe o termo “jogar fora”. Na verdade, tira-se de um sistema e coloca-se em outro. Esse outro sistema depende de cada um de nós.

Além de se ter uma atitude ética e cidadã, possibilita-se que novos arranjos de negócios se estabeleçam, a partir de ações de solidariedade e inclusão.

Por:

Flávio Silva de Souza e Sérgio Thode Filho – Professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro IFRJ-CDUC

Davy Wilians Santos de Queiroz e Nícolas Almagro Monteiro – Alunos do curso Técnico em Plástico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro IFRJ-CDUC

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